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A importância das leis de adoção brasileira

As leis de adoção desempenham um papel fundamental na proteção e no bem-estar das crianças e dos jovens que são colocados em famílias adotivas. Elas estabelecem um conjunto de regras e regulamentações que devem ser seguidas durante todo o processo de adoção, com o objetivo de garantir que as decisões sejam baseadas no melhor interesse da criança.

Vamos aqui fazer um pequeno resumo sobre a importância das leis de adoção pode ser vista em diversos aspectos:

  1. Proteção dos direitos da criança: As leis de adoção visam garantir que os direitos fundamentais das crianças sejam protegidos. Elas estabelecem requisitos e padrões para os adotantes, assegurando que sejam pessoas idôneas e capazes de fornecer um ambiente seguro e amoroso para a criança.
  2. Avaliação cuidadosa dos adotantes: As leis de adoção geralmente requerem uma avaliação detalhada dos adotantes, incluindo verificação de antecedentes criminais, entrevistas pessoais e visitas domiciliares. Isso é feito para garantir que os adotantes tenham a capacidade física, emocional e financeira de criar uma criança e oferecer um ambiente estável.
  3. Promoção do interesse da criança: As leis de adoção têm como objetivo primordial proteger o interesse da criança. Elas buscam garantir que a adoção seja realizada no melhor interesse da criança, levando em consideração fatores como a saúde física e mental da criança, o vínculo afetivo estabelecido com os pais biológicos, a disponibilidade de recursos adequados e a continuidade do ambiente familiar.
  4. Prevenção de adoções ilegais e tráfico de crianças: As leis de adoção também desempenham um papel importante na prevenção de adoções ilegais e no combate ao tráfico de crianças. Elas estabelecem procedimentos legais claros e requisitos estritos para a adoção, o que ajuda a garantir que as adoções sejam realizadas de forma ética e legal.
  5. Estabelecimento de vínculos legais e direitos parentais: Através das leis de adoção, os adotantes obtêm a segurança jurídica necessária para estabelecer vínculos legais com a criança. Isso inclui o reconhecimento dos adotantes como pais legais da criança, bem como a atribuição de direitos e responsabilidades parentais, como cuidados, educação e herança.

As leis de adoção são essenciais para proteger as crianças, garantir um processo justo e ético de adoção e promover o bem-estar daqueles que são colocados em famílias adotivas. Elas desempenham um papel crucial na criação de um sistema de adoção seguro e confiável, onde o interesse da criança é sempre colocado em primeiro lugar. As principais leis que tratam da adoção no país são:

  1. Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) – Lei nº 8.069/1990: O ECA é a principal lei que trata dos direitos e proteção de crianças e adolescentes no Brasil. Ele estabelece as normas gerais para a adoção, incluindo os requisitos, procedimentos e prazos a serem seguidos, bem como os direitos e deveres dos adotantes e adotados.
  2. Lei nº 12.010/2009 – Lei da Adoção: Essa lei regulamenta de forma mais específica o processo de adoção no Brasil, estabelecendo os princípios e diretrizes a serem observados pelos órgãos da Justiça da Infância e da Juventude, bem como pelos programas de adoção. Ela também prevê medidas de incentivo à adoção e ações de preparação psicossocial dos adotantes.
  3. Resolução nº 237/2016 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ): Essa resolução estabelece normas complementares ao processo de adoção, visando uniformizar os procedimentos adotados pelos juízes de todo o país. Ela aborda questões como habilitação, cadastro de adoção, estágio de convivência e acompanhamento pós-adoção.

Além dessas , existem outras normas e regulamentações específicas em cada estado e município brasileiro, pois a adoção é um processo conduzido pelos sistemas de Justiça da Infância e da Juventude, que têm autonomia para estabelecer regras complementares. Portanto, é importante verificar as leis locais para compreender todos os detalhes e requisitos específicos do processo de adoção em uma determinada região.

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Emanoelle Cavalcanti

Acadêmica de psicologia, voluntária na Ong Médicos do Mundo