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América Latina lidera ranking de assassinatos de jornalistas em 2022

Dia da Resistência Não-Violenta

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De acordo com o Comitê para Proteção de Jornalistas (CPJ), a América Latina é a região com o maior número de assassinatos de jornalistas no mundo em 2022. Dos 67 profissionais mortos violentamente este ano, 30 eram da região latino-americana. Os profissionais que cobrem temas como crime, corrupção, violência armada e meio ambiente estão entre os mais vulneráveis.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) divulgou números ainda mais preocupantes, apontando que um jornalista foi morto a cada quatro dias, totalizando 86 casos. Mais de 50% dos crimes ocorreram na América Latina e Caribe, incluindo três casos no Brasil – Givanildo Oliveira, Dom Phillips e Luiz Carlos Gomes.

Os assassinatos de Givanildo Oliveira e Dom Phillips estão sendo acompanhados pelo Programa Tim Lopes da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), que tem como objetivo dar continuidade às reportagens interrompidas de jornalistas assassinados no Brasil.

Em março, a Abraji lançou a segunda edição do relatório de monitoramento de ataques a jornalistas no Brasil, com análise dos dados coletados ao longo do ano de 2022, incluindo informações do projeto Violência de Gênero contra Jornalistas e um capítulo especial sobre o panorama das agressões contra profissionais de imprensa durante o período eleitoral.

De acordo com o Relatório da Violência Contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil, lançado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), a violência política no Brasil atingiu de forma brutal os jornalistas e comunicadores do país. Em 2022, foram registrados 376 ataques, com o ex-presidente Jair Bolsonaro responsável por 104 casos.

Leticia Kleim, assistente jurídica da Abraji, explica que os dados apontam para os principais desafios e ameaças enfrentados pelos jornalistas no Brasil e trazem recomendações para o poder público, empresas de jornalismo, plataformas e profissionais da imprensa.

Desde 2013, a Abraji realiza um monitoramento independente de ataques à imprensa. Em 2019, a organização expandiu seu trabalho ao integrar a rede Voces del Sur (VdS), que engloba 16 países da América Latina e Caribe, avançando em direção ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 16.10.1 da Agenda 2030 da ONU. Anteriormente à divulgação do primeiro relatório de monitoramento elaborado pela Abraji em 2022, os dados do Brasil eram exclusivamente apresentados no Shadow Report, publicação anual da VdS.

| Editoria Virtuo Comunicação

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