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Banda homenageia movimento punk do Rio

A banda Desordem SA surgiu do encontro de antigos amigos que participaram dos movimentos alternativos da década de 1980. O grupo gravou uma série de músicas e disponibilizou na internet um vídeo clipe que resgata imagens desta época.

A proposta da criação do Desordem SA foi juntar pessoas para gravar versões em homenagem a banda Desordeiros, a primeira banda punk de hardcore carioca a ter um registro em disco na segunda metade da década de 1980. A ideia surgiu de um encontro em 2019 e, após alguns ensaios e dois shows – um nos 40 anos da banda Cólera e outro nos 20 anos da banda Cara de Porco, ainda em 2019. Além de  uma pausa imposta pela pandemia, afinal a banda é majoritariamente composta pelo o que foi classificado como “grupo de risco” -, o Desordem SA entrou em estúdio e gravou oito músicas.

É a volta dos mortos vivos

Gravado no Estúdio Lux, na Baixada Fluminense, as oito músicas do EP “É a Volta dos Mortos Vivos” tiveram a produção de Cláudio Domingues (Estúdio Lux) e de Adriano Dias do Desordem SA. Aliás, o grande destaque está sendo para o som que foi extraído e formatado pelo produtor Cláudio que, por mais que havia a orientação de se manter um som “rústico” por parte de Adriano, se chegou a um tom que está sendo elogiado por muitas pessoas que trabalham com produção de música. Mas voltando ao EP, os primeiros resultados divulgados foram os singles “Mundos a Destruir” e “Cruzada da Esperança”, ambos disponibilizados no canal do Youtube do Rock ComCausa ainda em 2022. Já no início deste ano foi lançado “Chaminés”, que teve a contribuição de Cláudio Domingues no baixo e que deu um belo diferencial, mesmo na simplicidade do punk rock que a música se propõe.

Desordeiros do Brasil

Segundo conta Adriano Dias, a música “Desordeiros do Brasil” que fecha o disco do Desordeiros de 1987 e o EP “É a Volta dos Mortos Vivos” do Desordem SA, foi considerada pelos integrantes da banda como emblemática no que se propunha para uma banda punk naquele período histórico. Assim, apesar de sua nova versão ser formatada de maneira espontânea nos ensaios, foi uma das músicas mais modificadas e trabalhadas pela banda.

A gravação contatou com Ricardo, André Drack e Adriano Cavalo na guitarra, bateria e baixo, respectivamente. Sendo o vocal principal feito por Luiz, com Adriano Dias na segunda voz e Django da BF (do Juventude Perdida) complementando o refrão e a terceira voz no final da música.

Homenagem ao movimento punk do Rio

Com a música pronta, “ficou decidido que ela merecia um clip que buscasse resgatar a o compromisso e a simplicidade das pessoas daquela época”, disse Adriano. Assim, dentro das poucas imagens das décadas de 1980 e 90, ele produziu um vídeo que juntou várias gravações de shows, espaços e pessoas do movimento punk e rock daquele período. Somados a estes, foram inseridos apresentações e ensaios do Desordem SA.

“A nossa vontade foi uma forma de homenagear não somente a banda Desordeiros, mas todas as pessoas que fizeram parte desta história, mesmo com a baixa qualidade das imagens, nossa finalidade foi mostrar o envolvimento de tanta gente em um momento histórico totalmente diferente do de hoje” – conta Adriano Dias, e completa – “E que mesmo depois de 40 anos muito de nós continuamos firmes aos princípios e conceitos que nós unimos e nos formamos como gente, através da música, principalmente do punk rock”, afirma Adriano.

Confira o Clipe abaixo:

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Débora Barroso

Jornalista comunitária e colaboradora da ComCausa.