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Memória: Charles Chaplin o genial “Carlitos”

No dia 16 de abril de 1889 nasceu em Londres, Inglaterra, Charles Spencer Chaplin Jr. Conhecido como Charles Chaplin. Seu pai, Charles Spencer Chaplin, era vocalista e ator e sua mãe, Hannah Chaplin, era cantora e atriz. Seus pais se separam antes de Charles completar três anos. Em 1894, com apenas cinco anos, Chaplin subiu ao palco e cantou a música “Jack Jones”.

Seu pai era alcoólatra, tinha pouco contato com o filho e morreu de cirrose hepática em 1901. Um problema de laringe acabou com a carreira de cantora da mãe de Chaplin. Devido a uma de suas internações como consequência de seus problemas mentais, sofria depressão nervosa, e um quadro de desnutrição, seus filhos foram ingressados durante várias semanas no asilo de Lambeth no sul de Londres e logo, na Escola Hanwell para órfãos e meninos pobres desde junho de 1896 a janeiro de 1898.

Chaplin foi um ator, dançarino, diretor e produtor inglês. Também conhecido por “Carlitos”, foi o mais famoso artista cinematográfico da era do cinema mudo. Ficou notabilizado por suas mímicas e comédias do gênero pastelão.

Influenciado pelo trabalho dos antecessores – o comediante francês Max Linder, Georges Méliès, D. W. Griffith Luís e Auguste Lumière – e compartilhando o trabalho com Douglas Fairbanks e Mary Pickford, foi influenciado pela mímica, pantomima e o gênero pastelão e influenciou uma enorme equipe de comediantes e cineastas como Federico Fellini, Os Três Patetas, Peter Sellers, Milton Berle, Marcel Marceau, Jacques Tati, Rowan Atkinson, Johnny Depp, Michael Jackson, Sacha Baron Cohen, Harold Lloyd, Buster Keaton, Roberto Gómez Bolaños,[2] Renato Aragão, e outros diretores e comediantes. É considerado por alguns críticos o maior artista cinematográfico de todos os tempos, e um dos “pais do cinema”, junto com os Irmãos Lumière, Georges Méliès e D.W. Griffith.

O personagem que mais marcou sua carreira foi “O Vagabundo” (The Tramp), um andarilho pobretão com maneiras refinadas e a dignidade de um cavalheiro, que se vestia com um casaco esgarçado, calças e sapatos desgastados e mais largos que o seu número, um chapéu coco, uma bengala e seu marcante bigode.

Aos 19 anos, Charles Chaplin começou a trabalhar no teatro de variedades, fazendo sucesso como mímico. Em 1910, em uma turnê nos Estados Unidos com a trupe de Fred Karmo, foi visto por um produtor cinematográfico e, em 1913, já estreava como ator de cinema da Keystone Film Company.

No final de 1914, Chaplin foi contratado pela Essanay, recebendo um alto salário, junto com sua própria unidade de produção. Em 1915, ele produziu a comédia “The Tramp” (O Vagabundo), quando criou o seu famoso personagem – “o vagabundo Carlitos”.

Carlitos era um andarilho, pobretão, com maneiras refinadas e a dignidade de um cavalheiro, vestia-se com casaco esgarçado, calças e sapatos desgastados e mais largo que o seu número, um chapéu-coco, uma bengala e seu marcante bigode. O personagem humilde e galante passou a ser a figura central de diversos filmes de Chaplin.

Em 1919, Charles Chaplin fundou sua própria produtora, a United Artists, junto com Mary Pickford, Douglas Fairbanks e D. W. Griffith. Com seu personagem “Carlitos”, criou filmes com uma mescla de humor, poesia, ternura e crítica social, os mais longos do período, entre eles:

  • The Kid (O Garoto,1921) que conta a história de um bebê que acaba ficando aos cuidados de um vagabundo
  • The Gold Rush (Em Busca do Ouro, 1925) que se passa no Alasca em plena corrida do ouro
  • The Circus (O Circo, 1928)

Em 1927, com a chegada do cinema falado, Charles Chaplin se opôs ao novo modelo de fazer cinema e continuou a criar obras-primas baseadas em suas mímicas. São dessa época:

City Lights (Luzes da Cidade, 1931) que conta a história do vagabundo que se finge de milionário para impressionar uma florista cega, por quem se apaixonou

Modern Times (Tempos Modernos, 1936) que satiriza a mecanização da modernidade.

O primeiro filme falado de Charles Chaplin foi The Great Dictator (1940) (O Grande Ditador). O filme foi lançado no dia 15 de outubro de 1940, o filme faz uma sátira ao nazismo e ao fascismo.

O filme recebeu cinco indicações ao Oscar em 1941, nas categorias de melhor filme e melhor ator, para Charles Chaplin, melhor roteiro original, melhor trilha sonora e melhor ator coadjuvante, para Jack Oakle.

Apesar da grande popularidade de Charles Chaplin e do sucesso de seus filmes, muitas de suas ideias eram incompatíveis com os setores conservadores da sociedade norte-americana. Seu filme “Shoulder Arms” (Ombros Armas!), de 1918, provocou protestos de pretensos patriotas. Acusado de comunismo, foi perseguido pelo Macarthismo. Em 1952, Chaplin abandonou os Estados Unidos, indo morar em Corsier-sur-Vevey, na Suíça.

Em 1972, Charles Chaplin voltou aos Estados Unidos para receber o “Prêmio Especial da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas”. Em 1975, foi agraciado pela Rainha Elizabeth II com o título de Sir.

Charles Chaplin faleceu em Corsier-sur-Vevey, Suíça, no dia 25 de dezembro de 1977. A saúde de Chaplin começou a declinar lentamente no final da década de 1960, após a conclusão do filme A Countess from Hong Kong, e mais rapidamente após receber seu Oscar Honorário em 1972. Por volta de 1977, já tinha dificuldade para falar, e começou a usar uma cadeira de rodas. Chaplin morreu dormindo aos 88 anos de idade em consequência de um derrame cerebral, no Dia de Natal de 1977 em Corsier-sur-Vevey, Vaud, Suíça, fez-se um pequeno funeral anglicano privativo dois dias depois, como era de seus desejos, e foi enterrado no cemitério comunal.

No dia 1º de março de 1978, seu cadáver foi roubado da sepultura, com caixão e tudo, por dois imigrantes desempregados – o polonês Roman Wardas e o búlgaro Gantcho Ganev – na tentativa de extorquir dinheiro de sua viúva Oona O’Neill. Dois meses depois, uma grande operação policial capturou os dois criminosos, o caixão foi encontrado enterrado num campo em Noville, um vilarejo próximo, perto do Lago Léman, e novamente enterrado em Corsier-sur-Vevey, mas desta vez a família mandou fazer um tampão de concreto de 6 pés (1,80 metro) de espessura protegendo o caixão do cineasta, para evitar novos problemas. No mesmo cemitério, há uma estátua de Chaplin em sua homenagem.

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João Oscar

João Oscar é jornalista militante de direitos humanos da Baixada e colaborador da ComCausa