Cobras Fumantes: Três heróis brasileiros

O dia 8 de maio de 1945 marcou o momento em que o mundo celebrou a rendição incondicional das forças nazis e fascista na Segunda Guerra Mundial. O Brasil participou desta campanha, que, para muitos “Pracinhas”, não se encerrou com o fim da guerra. Muitos deles foram abandonados pelo governo brasileiro depois dos conflitos.

Essa história foi resgatada pela ComCausa no encontro com Pracinhas da Baixada na Câmara de Nova Iguaçu em 2015. Motivados pela música da banda Sabaton, e por um morador da Baixada chamado de Adriano Naval,  a ComCausa promoveu uma homenagem aos ex-combatentes, moradores da Baixada Fluminense, na Câmara Municipal de Nova Iguaçu. Lembrando daqueles que perderam suas vidas na guerra, nas figuras que foram envolvidas em um episódio emblemático da guerra.

Em 14 de abril de 1944, durante uma patrulha nas proximidades do Montese, três soldados Geraldo Baêta da Cruz, então com 28 anos, natural de Entre Rios de Minas; Arlindo Lúcio da Silva, de 25, de São João del-Rei; e Geraldo Rodrigues de Souza, de 26, de Rio Preto, morreram como heróis em Montese, Itália, palco de uma das mais sangrentas batalhas do conflito com a participação da FEB. Integrantes de uma patrulha, os três pracinhas mineiros se viram frente a frente com uma companhia alemã inteira. Receberam ordens para se render, mas continuaram em combate “até o último cartucho”, como se diz na caserna. Metralhados em 14 de abril de 1945, receberam, em vez da vala comum, as honras especiais do exército alemão.

Admirado com a coragem e resistência dos mineiros, o comandante mandou enterrá-los em cova rasa e pôs uma cruz e uma placa com a inscrição: Drei brasilianische helden, que em bom português significa “três heróis brasileiros”. Acabada a guerra, eles foram trasladados para o cemitério de Pistóia, na Itália, e depois para o Monumento aos Pracinhas, no Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro.

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Adriano Dias

Jornalista militante e fundador da #ComCausa