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Dia Contra a Exploração da Mulher no Trabalho

Mulheres vítimas de violência estão na lista dos que mais perderam emprego na pandemia

Mulheres vítimas de violência estão na lista dos que mais perderam emprego na pandemia

“O dia 25 de Outubro foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia internacional contra a Exploração da Mulher, uma data dedicada à reflexão acerca das desigualdades e discriminações de gênero que ainda persistem em nossa realidade. Os problemas relacionados com esse fato são bastante explícitos e, embora a situação tenha melhorado bastante nas últimas décadas graças ao embate travado pelos grupos dedicados à luta pela igualdade de gênero e contra a discriminação, há ainda muito que se avançar.

Entre os problemas mais graves, o que mais chama atenção são os casos de violência doméstica contra as mulheres. Dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), colhidos em conjunto com a Escola de Higiene Tropical de Londres, revelam que aproximadamente 35% de todos os assassinatos de mulheres no mundo são cometidos por um parceiro íntimo.

No Brasil, segundo dados do PNAD/IBGE de 2009, 48% das mulheres que são agredidas relatam que a violência aconteceu em sua própria residência. Outros números divulgados pelo Instituto Avon/Data popular de 2012, em trabalho intitulado “Percepções dos homens sobre a violência doméstica contra a mulher”, demonstra que, dentro do universo da amostra colhida de 1500 pessoas, 56% dos homens admitem já terem cometido alguma forma de agressão entre xingar, empurrar, agredir com palavras, dar tapa, dar soco, impedir de sair de casa ou obrigar a fazer sexo.

As ações tomadas para solucionar esses problemas ainda são recentes, mas já mostram resultados. A Lei Maria da Penha, criada em 2006, é um dos passos dados em direção à eliminação da violência doméstica de gênero. O estudo “Avaliando a Efetividade da Lei Maria da Penha”, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e divulgado em 2015, mostra que, desde 2006, a lei fez diminuir em 10% as projeções anteriores de taxa de homicídios domésticos.”

“Entretanto, há certos problemas que possuem raízes profundas. A desigualdade de gênero não está relacionada apenas com a violência contra a mulher. O parlamento de um país democrático, tal qual o Brasil, é icônico, ou ao menos deveria ser, dentro de seu papel representativo. Porém, entre as 513 cadeiras existentes em nossa câmara de deputados, apenas 51 delas (9,9%) foram ocupadas por mulheres nas eleições de 2014. O cenário mundial não é diferente, pois, entre todas as nações do mundo, apenas 19 delas são governadas por mulheres, como é caso da presidenta Dilma Rousseff, reeleita em 2014.

Os graves problemas relacionados com a desigualdade de gênero mostram a real dimensão da necessidade de cada vez mais buscarmos ações que nos elevem à condição de iguais em nossas relações humanas. O dia internacional contra a exploração da mulher representa um dia de luta contra os abusos sofridos pelas mulheres do mundo e contra as desigualdades de oportunidades e de tratamento. No entanto, representa ainda mais a luta por uma humanidade mais inclusiva e menos violenta.”

Fonte: Brasil escola

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