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Dia Mundial das Religiões

Dia da Religião #ComCausa

Dia da Religião #ComCausa

A sugestão de um Dia Mundial da Religião, ou Dia Internacional da Religião, foi dada pela chamada Assembleia Espiritual Nacional no ano de 1949. Esse tipo de assembleia foi criado pela Comunidade Bahá’i, uma religião fundada por Bahá’u’lláh, no século XIX. Bahá’u’lláh era um persa que vivia na região que hoje pertence ao Irã, que, à época, estava sob domínio do Império Turco-Otomano.

Como se julgava um profeta que sucedia os grandes profetas das principais religiões do mundo, desde o hinduísmo e o judaísmo até o cristianismo e o islamismo, Bahá’u’lláh tinha como certa sua missão de criar uma “religião mundial”, que congregasse todas as outras religiões. Os Bahá’i, seus discípulos, tentaram levar a cabo esse projeto. O Dia da Religião, que é comemorado em 21 de janeiro, seria um dos esforços para pôr esse projeto em prática.

Os Bahá’i acreditam que a unidade entre as religiões, com destaque para seus elementos em comum, pode suscitar a paz mundial, pois desvincularia as matrizes religiosas de seus supostos preconceitos contra as outras religiões.

Dessa forma, os Bahá’i organizam-se em assembleias pelo mundo inteiro. São dois níveis de organização: as assembleias nacionais e as locais. No Brasil, a comunidade Bahá’i começou a deitar raízes em 1921 com a chegada, no litoral baiano, de Leonora Holsapple, membro dos Bahá’i dos EUA.

O ecumenismo pretendido pelos bahá’i assemelha-se a outras tentativas de se congregar as religiões do mundo, como as que certas instituições supranacionais, como a ONU, já procuraram empreender. Muitos estudiosos, como o americano Lee Penn, autor da obra False Dawn: the united religions initiative, globalismo, and the quest for a one-world religion*, acreditam que iniciativas como essa dos Bahá’i podem, em vez de dar ao mundo uma “paz universal”, fornecer elementos para a criação de uma entidade internacional que descaracterize as culturas e religiões tradicionais em prol de um projeto político globalista.

A despeito das críticas às iniciativas de grupos religiosos, o Dia da Religião pode ser encarado como uma oportunidade de reflexão sobre a importância das religiões e de seu escopo tradicional para a formação das civilizações.

O berço das religiões foi o Oriente Médio e a Ásia, onde nasceram as religiões monoteístas, que pregam a crença em um só Deus – como o cristianismo, o judaísmo e o islamismo. Porém, aquilo que deveria servir de ligação e harmonia entre os homens, também se tornou grande fonte de conflitos, por abranger opiniões e concepções divergentes em relação à divindade, que aparecem envolvendo princípios éticos, filosóficos e metafísicos. Um exemplo disso foram as cruzadas, guerra entre cristãos e muçulmanos, que aconteceram entre os séculos VI e VIII, com o objetivo de impor o cristianismo no território onde se localizam Israel, Gaza e Cisjordânia, na época considerados Terra Santa.

Dentre as principais religiões do mundo temos:

O Brasil é o maior país católico do mundo, com quase cento e vinte e cinco milhões de fiéis, que traduzem 74% da população do país.

Porém, com o surgimento das igrejas evangélicas ou neopentecostais, a diversidade das religiões tem aumentado, o Brasil é um país altamente religioso, abrangendo 95% da população. Além disso, o aumento das pessoas que não seguem religião alguma também tem crescido consideravelmente.

No Brasil, as outras religiões somam apenas 5% da população, divididos entre espíritas, cultos afro-brasileiros, judeus e seguidores das doutrinas orientais.

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