Hoje, 29 de abril, é o Dia em Memória de Todas as Vítimas de Armas Químicas. Esta data foi estabelecida pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2005 para homenagear e lembrar aqueles que sofreram e morreram como resultado do uso de armas químicas.
As armas químicas são armas que usam produtos químicos tóxicos para matar ou incapacitar pessoas. Elas são proibidas pelo Direito Internacional Humanitário desde 1993, quando a Convenção sobre Armas Químicas foi assinada em Haia, na Holanda. No entanto, ainda existem países que possuem e usam essas armas.
O uso de armas químicas é uma das formas mais cruéis de guerra, causando danos devastadores à saúde física e mental das pessoas afetadas, bem como danos ambientais duradouros. As vítimas dessas armas muitas vezes sofrem de problemas de saúde crônicos e incuráveis, incluindo problemas respiratórios, problemas neurológicos e câncer.
Ataque químico em Ghouta
Em 2013, um ataque químico em Ghouta, na Síria, matou mais de 1.400 pessoas, muitas delas crianças. Esse foi um dos muitos ataques químicos que ocorreram durante a guerra civil síria, que começou em 2011. Esses ataques levaram à morte de milhares de pessoas e à destruição de cidades inteiras.
A comunidade internacional tem a responsabilidade de proteger as pessoas contra o uso de armas químicas. O uso dessas armas é uma violação grave do direito internacional e deve ser condenado por todos os países do mundo. É essencial que as vítimas desses ataques recebam assistência médica e psicológica adequada e que os responsáveis sejam responsabilizados pelos seus atos.
Hoje, neste Dia em Memória de Todas as Vítimas de Armas Químicas, devemos lembrar aqueles que sofreram e morreram como resultado do uso dessas armas cruéis. Devemos renovar nosso compromisso de trabalhar pela eliminação total das armas químicas e pela proteção das pessoas contra o uso dessas armas horríveis.
Ataque de gás cloro durante a Primeira Guerra Mundial inspira “The Attack of the Dead Men” da banda Sabaton
Em 6 de agosto de 1915, durante a Primeira Guerra Mundial, as tropas alemãs lançaram um ataque de gás cloro contra a fortaleza russa de Osowiec, na atual Polônia. As máscaras de gás dos soldados russos se mostraram inúteis e muitos foram envenenados, parecendo estar mortos. No entanto, alguns soldados, embora envenenados, levantaram-se para lutar contra os alemães, surpreendendo-os com um ataque feroz.
Esse ataque é conhecido como o “ataque dos mortos” e é considerado um momento histórico que mostrou a resistência e a força de espírito dos soldados russos. A fortaleza de Osowiec era uma pedra no sapato dos alemães, e sua tentativa de tomá-la era crucial para o avanço alemão no nordeste da Polônia.
Após a tentativa fracassada de tomar a fortaleza, os alemães lançaram um ataque de gás cloro, que matou muitos soldados russos. No entanto, alguns soldados, como o Segundo Tenente Vladímir Kotlinski, lideraram o “ataque dos mortos”, que surpreendeu os alemães e foi um momento histórico de resistência e determinação.
A história do “ataque dos mortos” é um exemplo da coragem e da determinação dos soldados russos durante a Primeira Guerra Mundial. Eles resistiram bravamente a um ataque de gás cloro, que era uma das armas químicas mais mortais da época, e conseguiram transformar uma aparente derrota em uma vitória em pânico.
Nesta data emblemática, lembramos de todas as vítimas de armas químicas e honramos a memória daqueles que lutaram e morreram durante a Primeira Guerra Mundial, incluindo aqueles que foram envenenados pelo gás cloro em Osowiec. A guerra é um lembrete da necessidade de buscar a paz e a cooperação entre as nações.