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Dia mundial do Hanseniano

O Dia Mundial do Hanseniano foi estabelecido a partir dos esforços do Jornalista francês Raoul Follerreau, que motivou a Organização das Nações Unidas (ONU) a criar um dia para lembrar esta doença. A hanseníase também é conhecida como lepra, morfeia , mal de Hansen ou mal de Lázaro, trata-se de uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae (também conhecida como bacilo-de-hansen), que afeta os nervos e a pele.

O nome hanseníase se refere ao descobridor do microrganismo causador da doença, Gerhard Hansen. É conhecida como “a doença mais antiga do mundo”, afetando a humanidade há pelo menos 4000 anos, e tendo os primeiros registros no Egito, datando de 1350 a.C. Ela é endêmica (específica de uma região) em certos países tropicais, em particular na Ásia.

No Brasil, a hanseníase ainda tem índices de ocorrência alarmantes, em média, 2,7 acometidos em 10 mil habitantes. Prova disso, é que a eliminação da doença é uma meta para as políticas de saúde pública no Brasil.

A hanseníase é uma doença contagiosa, que passa de uma pessoa doente, que não esteja em tratamento, para outra. Demora de 2 a 5 anos, em geral, para aparecerem os primeiros sintomas. O portador de hanseníase apresenta sinais e sintomas dermatológicos e neurológicos que facilitam o diagnóstico.

Seus principais sintomas são:

  • supressão da sensação térmica do local afetado (em decorrência do acometimento dos nervos). O doente não consegue identificar o frio e o calor;
  • Diminuição da sensação de dor no local afetado;
  • Na maioria dos casos em manchas de coloração mais clara que a pele ao redor, podendo ser discretamente avermelhada, com alteração de sensibilidade à temperatura, e, eventualmente, diminuição da sudorese sobre a mancha (anidrose).

Depois do estado inicial, a Hanseníase pode então permanecer estável (o que acontece na maior parte dos casos) ou pode evoluir para lepra tuberculóide ou lepromatosa, dependendo da predisposição genética particular de cada paciente. Quando não tratada, a doença pode causar incapacidades ou deformidades.

Todas as pessoas estão sujeitas a contaminação, crianças, jovens, adultos, idosos. Aa Hanseníase não escolhe idade, classe social. Desde que haja um contato prolongado com o bacilo, a pessoa pode contrair a bactéria. A contaminação se dá através de pacientes sem tratamento que eliminam os bacilos por secreções nasais, gotículas da fala, tosse e espirro. É importante ressaltar que o paciente em tratamento regular ou que já recebeu alta não transmite.

A prevenção baseia-se no exame clínico precoce das lesões suspeitas e na aplicação da vacina BCG em todas as pessoas que compartilham o mesmo domicílio com o portador da doença.

Atualmente o tratamento se dá através da associação de alguns medicamentos (antibióticos), podendo ser realizado nas redes públicas de saúde. O tempo de tratamento oscila entre 6 e 24 meses, de acordo com a gravidade da doença.
O Dia mundial da Hanseníase é fundamental para lembrar que a doença tem cura. Não é mais necessário confinar e temer os portadores. Em caso de suspeita da doença, procure seu médico ou um Posto de Saúde.

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João Oscar

João Oscar é jornalista militante de direitos humanos da Baixada e colaborador da ComCausa

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