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Discriminação Zero: Falas machistas

A fim de contribuir para a desconstrução das descriminações em situações rotineiras, e aparentemente inofensivas, mas que alimentam e legitima a pratica das violências. A ComCausa todos os anos realiza a campanha permanente Discriminação Zero.

Lançada sempre no início de março, no dia primeiro, data escolhida por ser um marco criada pelas Organização das Nações Unidas (ONU) para desconstrução de todas as formas de descriminação. Quer sair por aí dizendo que não é preconceituoso? Então comece por pequenas atitudes do dia a dia.

Assim, reproduzimos abaixo 11 expressões machistas que o site Universal UOL publicou em seu canal e que você precisa abolir imediatamente do seu vocabulário. Pois, apesar de serem lamentavelmente situações rotineiras, e aparentemente inofensivas, estão carregados de preconceitos e alimenta a misoginia.

1. “Ela deve estar dando para ele, só pode”
Recorrer ao discurso de que a conquista profissional de uma mulher é resultado de um envolvimento sexual entre ela e o chefe é extremamente machista. Aliás, ainda que tenham de percorrer um caminho mais longo e árduo para construir uma carreira diante da falta de oportunidades, você sabia que as brasileiras são hoje maioria nas escolas, universidades e cursos de qualificação? Pois bem, reflita.

2. “E aí, cara, está de babá hoje?”
Cuidar dos filhos não é piada e muito menos questão de gênero. Antes de zombar de um amigo por isso, saiba: ele não está fazendo mais do que a obrigação de pai.

3. “O que ela quis dizer é que…
Espalhadas em larga escala principalmente no ambiente corporativo, atitudes que envolvem interromper uma mulher e reproduzir sua fala com outras palavras, a fim de deixá-la mais “palatável”, têm até nomes próprios: “mansterrupting” e “mansplaining”. E o efeito é um só: silenciar.

5. “Ela é mal amada, mal comida”
Expressões como essas são chavões perversos que pressupõe o bom humor feminino como resultado de relações amorosas e sexuais “bem-sucedidas”.

6. “Sempre ajudo nas tarefas domésticas”
Nascer do gênero feminino não implica uma habilidade biológica para funções que envolvem os cuidados domésticos. Assim como o fato de ter nascido do gênero masculino não tira a responsabilidade sobre tarefas domésticas. Já é hora de trocar o verbo “ajudar” por “dividir”.

7. “Queria eu ser sustentado pela minha mulher”
Mesmo que em tom de brincadeira, o que está por trás de um comentário como esse é uma situação séria que mantém muitas mulheres em um relacionamento abusivo: a dependência financeira.

8. “Você sempre dá piti” ou “Só pode estar de TPM”
Enquanto um homem que se posiciona de maneira assertiva é visto com alguém seguro de si, mulheres na mesma condição são reduzidas ao papel de barraqueiras ou descompensadas. Isso se chama “gaslighting”, e nada mais é do que uma manipulação psicológica para tirar a autonomia ou a autoridade de uma mulher.

9. “Você nunca vai conseguir um boy agindo assim”
Ter um relacionamento estável não deve ser sinônimo de mulher bem-sucedida, assim como se sentir segura e livre sexualmente não deve ser taxado como um estereótipo de mulher de menor valor.

10. “Isso é coisa de mulherzinha”
Quando alguém usa uma expressão como essa para ofender (leia-se: ferir a masculinidade de um homem) não só está desmerecendo as mulheres, como perpetuando a ideia de que comportamentos masculinos, que exprimam força e agressividade, são sempre superiores.

11. “Nossa, imagina duas mulheres morando juntas?”
Pois é: são só duas mulheres vivendo juntas!

ComCausa lança Campanha Permanente de Discriminação Zero

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Adriano Dias

Jornalista militante e fundador da #ComCausa