Empresa quer deixar concessão dos trens do Rio
A Secretaria Estadual de Transportes do Rio recebeu um ofício da empresa japonesa Mitsui, que controla a Supervia, comunicando que quer deixar a concessão dos trens urbanos na região metropolitana. A Supervia tem a concessão da operação da malha ferroviária desde novembro de 1998, mas o grupo japonês está à frente desde 2019.
A empresa alega, entre outros motivos, a perda da receita com a pandemia, o prejuízo com o furto de cabos e o congelamento da tarifa. A SuperVia está em recuperação judicial desde junho de 2021. A notificação foi feita na ultima quinta, 27 de abril.
A notícia foi divulgada após o aumento da passagem dos trens, que passou de R$ 5,00 para R$ 7,40 em fevereiro deste ano. O reajuste da tarifa, considerado exorbitante pelos usuários, ocupou as manchetes dos últimos meses acompanhado das reclamações sobre as condições do serviço prestado pela concessionária SuperVia.
Dentre os problemas relatados pelos passageiros, estão os atrasos, a interrupção frequente de viagens, a superlotação, a insegurança, a falta de acessibilidade, entre outros. Esses problemas fazem parte da rotina dos milhares de passageiros que dependem, diariamente, desse modo de transporte para acessar empregos e demais atividades na região metropolitana.
Ao jornal O Globo, o governador Cláudio Castro disse que “se eles não querem mais, que saiam. A gente bota outro que faça bem feito”. A Supervia tem até 60 dias para apresentar um plano de transição para a Secretaria de Estado de Transportes e a Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes (Agetransp).
O anúncio da desistência da concessionária japonesa Mitsui preocupa os usuários do transporte ferroviário, que temem que a qualidade do serviço oferecido pela Supervia piore ainda mais. As autoridades estaduais terão o desafio de encontrar uma solução para garantir o transporte de qualidade para a população da região metropolitana.
| Editoração Virtuo Comunicação
