Nesta quarta-feira (20/12), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) promoveu o evento “Favela Produz Saúde” na quadra da Mangueira, marcando um dia de celebração, apresentação de resultados e lançamento de um inédito edital. O evento, que contou com a presença de lideranças de projetos, representantes de instituições parceiras e da sociedade civil, é um marco na promoção da saúde integral nas favelas do estado.
O destaque do dia foi o lançamento do primeiro edital do Brasil com foco na promoção integral à saúde em favelas. O Plano Integrado de Saúde nas Favelas RJ disponibilizará R$5,5 milhões para organizações sociais que atuem nesse âmbito, representando um passo inovador no cenário nacional.
A iniciativa, fruto da colaboração entre Fiocruz, Alerj, UFRJ, PUC-RJ, Uerj, SBPC e Abrasco, já beneficiou 325 mil pessoas em 90 projetos apoiados em 18 municípios, abrangendo 136 favelas e territórios de periferias até novembro de 2023. Este ano, 135 visitas foram realizadas aos projetos, seguindo uma estratégia participativa e de construção de diálogo, resultando na distribuição de 400 toneladas de alimentos.
A chamada pública lançada no evento visa especialmente a projetos que formem redes solidárias no estado do Rio de Janeiro. Richarlls Martins destacou o desejo de conectar a rede, reunindo organizações e universidades para pensar essa agenda. Os projetos terão duração de nove a doze meses, com início do apoio previsto para o primeiro semestre de 2024. As inscrições começam em 2 de janeiro e vão até 2 de fevereiro.
Anna Karla Pereira, assessora especial de Participação Social e Diversidade do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, enfatizou a importância de construir pontes e estratégias para o povo, destacando a relevância do evento para a comunidade.
O evento “Favela Produz Saúde” não apenas celebra conquistas, mas também projeta um futuro promissor na construção de políticas públicas voltadas para as favelas e periferias, destacando a importância da colaboração entre instituições e a sociedade civil.