Gabriel Santos: Comissão de Direitos Humanos da Alerj é acionada e Família Promoverá Ato
A trágica morte de Gabriel Pereira dos Santos, jovem motociclista morto durante uma abordagem policial na Baixada Fluminense, continua a repercutir. Nesta semana Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) foi acionada para acompanhar o caso de perto, enquanto a família de Gabriel, com o apoio de amigos e ativistas, organiza um novo ato de protesto em busca de justiça.
O caso ganhou preocupação após a decisão do Ministério Público do Rio de Janeiro de solicitar a revogação da prisão preventiva do policial militar Allan Mendes Rocha, acusado de disparar contra Gabriel durante a abordagem. A justificativa do MP, que argumentou que o policial não representa um risco iminente à sociedade, gerou indignação e medo entre os familiares e amigos de Gabriel. A decisão levou a um sentimento generalizado de revolta e medo por parte dos familiares.
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A Comissão de Direitos Humanos da Alerj foi acionada após a organização social ComCausa enviar um ofício solicitando a intervenção e o acompanhamento do caso. Além disso, a ComCausa também está em processo de acionar a Comissão de Direitos Humanos da OAB/RJ, buscando ampliar a rede de apoio para a família e garantir que todas as medidas cabíveis sejam tomadas para assegurar justiça para o caso do assassinato de Gabriel .
“Com o envolvimento da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, a expectativa é que o caso receba ainda mais atenção das autoridades estaduais” – afirma Adriano Dias da ComCausa – “Não podemos permitir que casos como o de Gabriel se tornem comuns na Baixada Fluminense. A justiça precisa ser feita, e agora esperamos que a Comissão de Direitos Humanos da Alerj também esteja ao lado da família nessa luta”, declarou.
A família de Gabriel, que vem sofrendo com a perda e agora enfrenta a insegurança gerada pela soltura do policial, decidiu organizar um ato em frente ao Ministério Público de Nova Iguaçu na próxima quarta-feira, 4 de setembro. O objetivo é chamar a atenção da sociedade e das autoridades para a necessidade de uma investigação rigorosa e transparente, além de expressar a indignação com a revogação da prisão preventiva do PM Alan Mendes Rocha.
Desde o anúncio da soltura do policial, familiares e amigos de Gabriel relatam sentir-se intimidados e preocupados com sua segurança. Diversas pessoas próximas à família mencionaram a presença de policiais militares nas proximidades de suas casas e locais de trabalho. Um amigo de Gabriel, que preferiu não se identificar, contou que foi seguido por uma viatura enquanto caminhava no centro de Tinguá. “Estamos vivendo com medo. A soltura do policial trouxe insegurança para todos nós”, relatou.
A ComCausa, que tem dado suporte à família desde o início, também estará presente no ato e reforça a importância da mobilização popular para garantir que o caso de Gabriel seja tratado com a seriedade que merece. “Este caso não pode ser mais um número nas estatísticas de violência policial. A presença da Comissão de Direitos Humanos da Alerj e a mobilização da sociedade são fundamentais para que a justiça seja alcançada”, afirmou Adriano Dias da ComCausa.
O ato ocorrerá a partir das 14h, em frente ao Ministério Público de Nova Iguaçu, e contará com a presença de familiares, amigos, ativistas e representantes de movimentos sociais. A expectativa é que o evento reúna um grande número de pessoas em apoio à família de Gabriel e em protesto contra a violência policial na região.
Serviço: Ato por Justiça para Gabriel Santos
Data: Quarta-feira, 4 de setembro de 2024
Horário: 14h
Local: Em frente ao Ministério Público de Nova Iguaçu
Organização: Familiares de Gabriel Santos
Relembre o caso: