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Instituto Casa do Choro

Entidade de Utilidade Pública criada em 1999 por um grupo de músicos, produtores e artistas – o Instituto Casa do Choro atua no terreno da educação musical, preservação e divulgação da música popular carioca, em especial o choro. Suas atividades são voltadas para a formação de plateias e de músicos profissionais, produção e difusão de shows e eventos, manutenção e conservação de acervos, catalogação, registro e preservação da memória musical.

A presidente do ICC é a cavaquinista e compositora Luciana Rabello, que trabalha em prol da divulgação e preservação do choro desde 1976. O vice-presidente do Instituto é o compositor, arranjador e violonista Mauricio Carrilho, que desde 1977 trabalha e defende o choro. Ambos são criadores do ICC, do projeto Escola Portátil de Música e da gravadora Acari Records, especializada em choro. Na diretoria do Instituto Casa do Choro encontram-se ainda os nomes dos músicos Celsinho Silva, Jayme Vignoli e Paulo Aragão.

O Instituto Casa do Choro é o proponente responsável pelo projeto da Escola Portátil de Música (EPM) que, desde o ano 2000, forma jovens e adultos através da linguagem do choro. Mais de 17 mil pessoas passaram pelos bancos da EPM nestes 18 anos de existência, sendo atendidas por mais de 40 professores (20 dos quais foram formados na própria escola). Em 2011, a EPM ganhou o Prêmio de Cultura da Secretaria de Cultura do Estado do Rio, na categoria música popular. A equipe do Instituto Casa do Choro é referência, no Brasil e no exterior, no ensino de música popular e na produção de eventos ligados ao choro, dentre os quais se destacam 7 grandes Festivais de Choro (atraindo centenas de pessoas do Brasil e do exterior) e duas edições do Dia do Choro (a pedido da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro).

Em 2015, a Casa do Choro abriu suas portas para o público, e agora todo esse trabalho de memória, educação e produção musical encontra abrigo na Rua da Carioca, 38. O sobrado histórico construído no início do século 20 – imóvel tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC) e restaurado pelo Instituto Casa do Choro com patrocínio da Petrobras e do BNDES, através da Lei Rouanet – mantém a tradição de importante capítulo na história da música brasileira: nessa rua ficavam as principais “casas de música” da cidade nas primeiras décadas do século 20. A Casa do Choro dispõe de Com oito salas de aula, um estúdio que leva o nome de Raphael Rabello (irmão de Luciana já falecido e um dos maiores violonistas do país), um teatro com 100 lugares, e um acervo que conta com mais de 18 mil partituras disponibilizadas para pesquisa pública gratuita (catalogadas e digitalizadas) e dois mil discos de 78 rotações e LPs. Cerca de 2500 músicos passaram por seu palco em mais de 600 shows realizados desde 2015 e mais de uma dezena de depoimentos foram registrados para a posteridade por importantes personalidades do meio musical (como Herminio Bello de Carvalho, Mauricio Carrilho, Paulo Cesar Pinheiro, Wilson das Neves, Izaias Bueno, Deo Rian, Zé da Velha, Jorginho do Pandeiro, Pedro Amorim, Celsinho Silva, Cristovão Bastos.

O Conselho Consultivo da Casa do Choro é formado por importantes personalidades como Paulo César Pinheiro, Dori Caymmi, Maria Bethânia, Hermínio Bello de Carvalho, Déo Rian, Kati Almeida Braga, Luiz Otávio Braga, Paulo Cesar Feital, Roberto Almeida, Roberto Gnattali e Sergio Prata (Instituto Jacob do Bandolim).

Realizar a educação musical através da linguagem do choro, a mais antiga e importante música instrumental brasileira; preservar e ativar a circulação de acervos musicais de pouca acessibilidade ao público; estimular a criação musical a partir das referências históricas do choro e todos os gêneros conformadores (polca, maxixe, lundu, valsa, quadrilha, schottisch); democratizar o acesso a essa forma de cultura popular, promovendo a socialização através da música; formar profissionais para o mercado de música, incluindo arranjadores, compositores e instrumentistas: eis as missões da Casa do Choro.

Fonte – INSTITUTO CASA DO CHORO

João Oscar

João Oscar é jornalista militante de direitos humanos da Baixada e colaborador da ComCausa