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Justiça determina julgamento do caso Patrícia Amieiro

Em 14 de junho de 2008, o Fiat Palio da engenheira Patrícia Amieiro foi encontrado no Canal de Marapendi, que cruza a Autoestrada Lagoa-Barra. A princípio, o caso foi tratado como acidente, mas, como o corpo de Patrícia Amieiro não foi encontrado, a polícia começou a trabalhar com a hipótese de homicídio. Após exames realizados, a perícia descobriu marcas de tiros no capô.

As investigações apontam que os PMs Marcos Paulo Nogueira Maranhão e Willian Luís do Nascimento fizeram os disparos contra o veículo, ao confundi-lo com um ocupado por traficantes. Já os policiais militares Flávio da Silveira Santana e Márcio Oliveira dos Santos respondem por fraude processual.

“Os disparos de arma de fogo fizeram com que a vítima perdesse o controle do veículo no acesso à ponte existente no local e colidisse violentamente contra dois postes e uma mureta”, diz a denúncia do Ministério Público – “que ver que a engenheira tinha morrido, os policiais teriam retirado o corpo dela e jogado o carro no Canal de Marapendi.

O corpo jamais foi encontrado. “Os denunciados, com vontade livre e consciente, mediante prévio ajuste, fizeram desaparecer o cadáver da vítima, ocultando-o em local até hoje não determinado”.

06 (Junho) 14 - Patrícia Amieiro BARRA (2010)

STJ manda marcar júri popular de PMs

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a “imediata” realização do júri popular dos quatro policiais militares acusados pela morte da engenheira Patrícia Amieiro, que completa 11 anos em junho. A decisão é da sexta turma do STJ, com base em pedido do Ministério Público do Rio (MPRJ). O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) disse que aguarda o retorno dos autos para marcar a data do julgamento.

A informação da decisão foi noticiada nesta segunda-feira pela Globonews e confirmada pelo DIA. O ministro relator, Nefi Cordeiro, tornou sem efeito um pedido de embargos declaratórios da defesa e acolheu a solicitação do MP do Rio para julgar os PMs. No julgamento, realizado em 13 de dezembro, os ministros Antônio Saldanha Palheiro, Laurita Vaz, Sebastião Reis Júnior e Rogerio Schietti Cruz acompanharam o relator na decisão.

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Emanoelle Cavalcanti

Acadêmica de psicologia, voluntária na Ong Médicos do Mundo

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