Crianças com direitos

Mãe mata a filha de onze meses

Nesta quarta-feira (30), uma mulher foi presa em Belford Roxo, suspeita de matar a filha de apenas onze meses de idade.

De acordo com o que foi transmitido na imprensa, a mãe da menina havia levado a criança a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) alegando que ela havia se engasgado, porém o laudo emitido pelo Instituto Médico-Legal (IML)  mostrou que a vítima sofreu traumatismo craniano, múltiplas fraturas e hemorragia interna.

Andressa Otoni da Silva Polastreli após se separar do marido no mês de outubro, buscou um abrigo para vítimas de violência doméstica. A diretora da ONG que cuida do local notou que a mãe costumava deixar a filha sem comida e não tomava conta da menina.

 Ela não dava comida direito para a Luna. A menina só tomava mamadeira. Era de manhã, de tarde e de noite. Passamos a comprar frutas e legumes para a criança. Andressa não se preocupava com isso — contou a diretora à imprensa.

No dia 19, Andressa saiu com a filha para dormir na casa de seu namorado e quando voltou para o abrigo, a criança estava com um braço quebrado. Primeiro a mulher disse que a menina caiu tentando andar e depois mudou a versão, alegando que a filha havia caído de uma cama alta.

“Como é que você vê sua filha assim e não a leva a um hospital?”. Ela não respondeu — disse a diretora da ONG.

Na última sexta-feira (25), a mãe foi de vez com a filha para a casa do namorado. No dia seguinte, levou a menina já morta, para a UPA. A diretora da ONG então chamou a polícia. O caso passou a ser investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), que fez a prisão de Andressa.

De acordo com a delegada Ana Carolina Lemos, o laudo do exame do IML apontou lesões extremamente significativas na cabeça e deu como causa da morte traumatismo craniano.

Andressa Otoni da Silva Polastreli vai responder por homicídio qualificado, praticado contra uma menor de 14 anos, e agravante tipificado pela Lei Henry Borel, aplicada quando o crime é praticado pelo pai/mãe da vítima.

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Emanoelle Cavalcanti

Acadêmica de psicologia, voluntária na Ong Médicos do Mundo