Rio de Janeiro

CIAM Márcia Lyra completa 20 anos mais de 20 mil atendimentos

Pioneiro no atendimento às mulheres vítimas da violência, o primeiro Centro Integrado de Atendimento à Mulher (Ciam) Márcia Lyra, completa 20 anos com a marca de 20.704 atendimentos realizados a mulheres vítimas de violência. O espaço pioneiro é uma referência no estado e serviu como modelo para a expansão do programa de atendimento às mulheres da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SEDSODH) do Estado do Rio de Janeiro. Atualmente são oito centros de atendimento espalhados pelo estado, a maioria deles mantido em parceria entre o Estado e as prefeituras locais.

Em 2019, 3.285 casos de mulheres vítimas da violência foram atendidos na rede de Centros de Atendimento à Mulher mantida pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro. Em 2020, ano do início da pandemia, foram 4.795 atendimentos registrados. O crescimento é de 45% em relação a 2019.

Os números deste ano, coletados até maio, indicam que a tendência de aumento nos atendimentos se mantém. Apenas até o mês de maio, os equipamentos da secretaria realizaram 4.031 atendimentos de mulheres vítimas de violência. Esse valor já representa 84% do número total de atendimentos feitos em 2020.

– Os CEAMs atendem mulheres que estejam vivenciando situações de violências de gênero, majoritariamente violência doméstica, intrafamiliar. O cuidado se dá com o fortalecimento da autonomia, da autoestima e da cidadania a partir de atendimentos individuais e nos grupos de reflexão, assim como da atuação da rede setorial que é acessada a partir da articulação feita pelas equipes dos nossos serviços, de acordo com a demanda de cada caso – explica Cristina Fernandes, coordenadora do CIAM Márcia Lyra.

Os Centros de Atendimento à Mulher (CEAMs) oferecem atendimento psicológico social e acompanhamento jurídico às vítimas de violência física, moral, psicológica, patrimonial e sexual.

Entre os centros da rede de acolhimento mantida no estado, o CIAM Márcia Lyra segue entre os recordistas em atendimentos. No último ano, o Centro atendeu a 1.289 casos de mulheres vítimas de violência.

O CIAM Marcia Lyra foi inaugurado em 2001, mas apenas no ano seguinte recebeu o nome que homenageia a fonoaudióloga. Márcia foi violentada e assassinada em Santa Teresa no ano 2000, durante um assalto.

Além do CIAM Márcia Lyra, no Centro do Rio, há centros de atendimento em Queimados, Itaguaí, Japeri e Nova Iguaçu, na Região Metropolitana, e nos municípios de Natividade e Miguel Pereira, ambos no Centro-Sul Fluminense.

O projeto segue em expansão, com a previsão de novas instalações em outras cidades até o fim do ano.

– A pandemia do coronavírus impactou nos números de diversas formas, por exemplo, reduzindo a independência financeira de muitas mulheres. Isso por conta do aumento do desemprego e da redução de oportunidades de trabalho – diz Matheus Quintal, secretário de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do estado do Rio.

– Sem renda própria, as mulheres têm menos oportunidades para se afastar do agressor, que muitas vezes é o próprio marido ou companheiro. Por outro lado, a crise econômica fez com que muitos maridos passassem mais tempo em casa, o que aumenta o risco para mulheres que têm que conviver com agressores – destaca o secretário.

 

Confira os endereços dos Centros de Atendimento no estado:

CIAM Márcia Lyra – Centro do Rio | Endereço: Rua Regente Feijó, n° 15 – Centro

CIAM Baixada – Nova Iguaçu | Endereço: Av. Duque Estrada, n° 147 – Alto da Posse

CEAM – Queimados | Endereço: Rua Ministro Odilon Braga, n° 26 – Centro

CEAM – Itaguaí | Rua General Bocaiúva s/n° Centro

CEAM– Natividade | Rua Intendente Frankly Rabello, nº 08 – Sindicato – (Ganha Tempo)

CEAM – Japeri | Av. São João Evangelista s/no – Engenheiro Pedreira

CEAM – Três Rios | Rua Dr. Vasconcelos, n°87, Centro, Três Rios

Casa dos Direitos da Mulher Daniella Perez – Miguel Pereira | Av. General Ferreira do Amaral, 94, no Centro de Miguel Pereira.

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Emanoelle Cavalcanti

Acadêmica de psicologia, voluntária na Ong Médicos do Mundo