MDHC e Instituições firmam acordo para criação do Memorial da Luta pela Justiça
Em um passo significativo para a preservação da memória histórica do Brasil, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) e a Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB-SP), junto com outras instituições parceiras, assinaram um Acordo de Cooperação Técnica (ACT). A cerimônia ocorreu na sede da OAB-SP e visa a instalação do Memorial da Luta pela Justiça no antigo prédio da Auditoria Militar, um marco da repressão durante a ditadura civil-militar.
O prédio, que foi um símbolo de opressão e injustiça, será transformado em um espaço de memória e reflexão. O projeto é uma iniciativa da OAB-SP, em colaboração com o MDHC, a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República e o Núcleo Memória, organização dedicada à preservação da memória política no Brasil.
Durante a solenidade, o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, enfatizou a relevância das políticas de memória para a defesa da democracia.
“A memória é a criação de um espaço onde podemos entrelaçar passado, presente e futuro, criando condições para impulsionar nosso destino e transformar o significado de nossas vidas. Ela traz nossos mortos para lutar conosco em prol do futuro”, declarou Almeida.
Ele destacou que a preservação da memória é essencial para evitar a repetição das injustiças passadas. O novo memorial contará com exposições, acervos, programas de visitação e debates, com o objetivo de resgatar, registrar e preservar a história das violações dos direitos humanos no Brasil.
Contribuição de Diversos Atores Sociais
O projeto contou com a colaboração de diversos atores sociais, incluindo profissionais do direito, ex-presos políticos, museólogos, arquitetos, historiadores e jornalistas. O objetivo é conscientizar a população sobre os crimes e injustiças do passado, evitando sua repetição no futuro.
Presença de Autoridades
Além do ministro Silvio Almeida e da presidente da OAB-SP, Patricia Vanzolini, a mesa de autoridades contou com a presença de Paulo Pereira, secretário-executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (Conselhão), representando o ministro das Relações Institucionais da Presidência, Alexandre Padilha; Maurício Politi, diretor do Núcleo Memória; e Alexandre de Sá Domingues, tesoureiro da OAB-SP.
A criação do Memorial da Luta pela Justiça marca um importante avanço na luta pela preservação da memória e pela defesa dos direitos humanos no Brasil.
Imagem de capa ilustrativa.