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Morre a antropóloga Adriana Dias

A Antropóloga Adriana Dias, referência em pesquisas sobre neonazismo no Brasil, morreu neste domingo (29).

Doutora em Antropologia Social pela Universidade de Campinas, membro da Associação Brasileira de Antropologia (ABA) e da American Anthropological Association (AAA). A antropóloga Adriana Abreu Magalhães Dias foi uma das maiores autoridades em neonazismo no Brasil. Sua tese de doutorado, ‘Observando o ódio’ marca mais de 20 anos de pesquisas da antropóloga  junto a sites, blogs, fóruns e comunidades neonazistas na rede mundial de computadores, e em documentos e atividades não digitais.

Ainda neste domingo, o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, publicou uma nota de pesar:

“Cientista, pesquisadora e doutora em Antropologia Social pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Adriana foi uma mulher com deficiência de referência para nós e nos estudos sobre neonazismo. Aguerrida ativista pelos direitos humanos, colaborou na efetiva denúncia de ações nazistas no Brasil. Feminista por ideologia, Adriana integrou a Frente Nacional de Mulheres com Deficiência. Foi também coordenadora da Associação Vida e Justiça de Apoio às Vítimas da Covid-19. Expressamos aqui nossa homenagem em agradecimento a essa grande mulher, e enviamos nossos sentimentos à família”

Adriana Dias compôs a equipe de transição do governo Lula, fazendo parte do grupo dos Direitos Humanos. A antropóloga identificou mais de 300 células neonazistas espalhadas pelo Brasil e também descobriu uma carta do ex-presidente Jair Bolsonaro publicada em sites neonazistas. Foi referência na luta pelos direitos das pessoas com deficiência e lutava contra um câncer.

Ministério dos Direitos Humanos cria grupo para combater o discurso de ódio

Fonte: Ministério de Direitos Humanos e da Cidadania

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Adriano Dias

Jornalista militante e fundador da #ComCausa