Ícone do site Portal C3

Motorista de aplicativo é indiciado por preconceito religioso

Família acusa motorista de aplicativo de intolerância religiosa ao sair de evento de candomblé

Família acusa motorista de aplicativo de intolerância religiosa ao sair de evento de candomblé

A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) anunciou o indiciamento de Ricardo Cardoso Afonso, motorista de aplicativo, por praticar preconceito religioso. Segundo as investigações conduzidas pela Decradi, no dia 29 de abril deste ano, o motorista se recusou a levar uma família para um terreiro de candomblé localizado em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

As vítimas do incidente foram Tais Fraga, sua sogra Vera Lúcia e suas filhas Pietra e Sophia. Conforme os relatos das envolvidas e as evidências obtidas através de vídeos de câmeras de segurança, Ricardo teria justificado sua recusa pela presença das passageiras vestidas com trajes típicos do candomblé.

Após análise minuciosa do caso, a delegada Rita Salim, titular da Decradi, concluiu que o comportamento de Ricardo se enquadrava como um crime de intolerância religiosa. As provas reunidas, incluindo depoimentos e registros audiovisuais, corroboraram a acusação contra o motorista.

Segundo a legislação vigente, praticar, induzir ou incitar a discriminação ou o preconceito com base em raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional configura crime. A pena para esse tipo de conduta varia de um a três anos de prisão, além da aplicação de multa, de acordo com as determinações legais.

Vera Lúcia da Rocha relatou à TV Globo que “Quando ele viu que minha nora e as meninas estavam com as roupas e se aproximando do carro, ele não deixou. Olhou para as meninas de cima a baixo e não deixou. Eu achei que isso foi um grande preconceito”.

Fundador da ComCausa participa de conversa sobre intolerância religiosa

| Editoria Virtuo Comunicação

| Projeto Comunicando ComCausa

| Portal C3 | Instagram C3 Oficial

Sair da versão mobile