Representantes dos Movimentos negro se reuniram no domingo (20), Dia da Consciência Negra, na estatua de Zumbi dos Palmares, no Rio de Janeiro.
Data esta, para celebrar e pedir por igualdade racial. Dentre as falas se destacou o pedido pelo fim da violência policial com a população negra, pedido por igualdade no meio político e para que autoridades se manifestem em combate ao racismo.
Dentre as falas de representantes, se destacou a fala de Claudia Vitalino, represante do movimento Frente Favela Brasil e presidente licenciada da Unegro.
“Nó não podemos falar de nós, sem nós. Nós não queremos apenas um feriado a cada um ano, a nossa luta é nos 365 dias do ano. Que nós somos desrespeitados, que nossos filhos são executados. No Estado do Rio de Janeiro, 65% dos mortos em operações policiais, são negros.”
Claudia também falou a respeito do povo negro na política:
“Conseguimos 50% de cotas para eleger, e como é que os partidos colocaram esse dinheiro? Quantos nós conseguimos eleger? 30% de mulheres. Quantas mulheres estamos representando? Chega de todos falarem por nós mas não nos darmos as vozes. Servimos apenas para segurar faixa.”
O ato ocorreu durante todo o dia, começando às 10h e indo até as 18h. Tiveram diversas apresentações culturais, dentre elas, desfile de moda e o batismo do Afoxé Filhos de Angola. Dentro do espaço também havia uma feira cultural, com itens variados de moda africana e artesanato. E barracas de comidas.
Foi anunciado durante o ato que a prefeitura do Rio de Janeiro vai realocar a estátua do marinheiro João Candido, para a Praça Marechal Âncora, sendo assim mais um local de resistência da luta antirracista.