MPF cobra informações ao Flamengo sobre a placa de Stuart Angel
Na sede de remo Clube do Flamengo , havia uma placa de bronze em honra ao atleta e estudante Stuart Angel. Jovem era um remador do Flamengo que desapareceu durante a ditadura militar após ter sido detido e torturado na Base Aérea do Galeão em 1971.
A placa foi removida durante os Jogos Olímpicos do Rio 2016, e o espaço foi utilizado para eventos de remo e canoagem. Desde então, a placa não foi mais vista. O Ministério dos Direitos Humanos considera o local onde a placa ficava como simbólico, pois Stuart Angel passou dias escondido na garagem dos barcos e também foi onde ganhou o Campeonato Carioca. A homenagem ao atleta faz parte do programa Lugares de Memória.
Já 0 Ministério Público Federal (MPF) deu um prazo de dez dias para o Clube de Regatas do Flamengo se pronunciar a respeito do sumiço da placa. Pois a placa que homenageia o atleta faz parte do programa Lugares de Memória.
Para os procuradores regionais dos Direitos do Cidadão Jaime Mitropoulos, Julio José Araujo Junior e Aline Caixeta, o resgate e a preservação da história de mortos e desaparecidos durante a ditadura militar, incluindo a conservação e restauração de monumentos alusivos a ela, constitui obrigação do Estado e um direito de toda a sociedade.
Ainda de acordo com os procuradores da República, “trata-se de uma forma de garantir às gerações futuras o direito de conhecer as violações sistemáticas dos Direitos Humanos praticados pelo Estado, de modo a prevenir, inibir ou, pelo menos, mitigar as chances de que voltemos a repetir no futuro as violações já cometidas no passado”.
Sob esse aspecto, cabe aos agentes públicos e particulares responsáveis por esses bens prestarem informações que possam auxiliar na sua localização.
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| Editoração Virtuo Comunicação