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Neste sábado terá o Festival Punk RJ: Movimento da Baixada Subúrbio

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O Bar Oasis será palco do Festival Punk RJ: Movimento da Baixada Subúrbio. Entre as bandas confirmadas, estão os veteranos do punk rock do Rio de Janeiro. Além destes, haverá também uma exposição de materiais relacionados à cena punk, como pôsteres, camisetas e discos de vinil.

O evento, que promete ser um marco na retomada da cena punk carioca, contará com apresentações de bandas da Baixada Fluminense e do subúrbio do Rio de Janeiro, como: Expemogramix, Sub-Stitude, NNK, Pacto Social, DDC, Atentado Violento, Repressão Social, Lacrau, Inércia, Indigentes, LeptospNoise e Os Imprestáveis.

A ideia do festival é fomentar a cultura punk na cidade e promover a integração entre as bandas e o público. A entrada é gratuita, e os organizadores do evento pedem que os espectadores levem alimentos não perecíveis para doação a instituições locais.

Cultura punk

O movimento punk rock surgiu nos anos 70 em Londres e rapidamente se espalhou pelo mundo. No Brasil, o movimento ganhou força no final dos anos 70 e início dos anos 80, com bandas como Desordeiros, Os Replicantes, Cólera e Ratos de Porão. Desde então, o punk rock tem sido uma forma importante de expressão artística e política, lutando por direitos e contra injustiças sociais.

O ‘Festival Punk RJ: Movimento da Baixada Subúrbio’ promete ser um marco na cena punk carioca e uma oportunidade única para os fãs do gênero conhecerem as bandas locais. Não perca!

Festival Punk RJ: Movimento da Baixada Subúrbio

Dia 6 de maio, a partir das 19 horas | Entrada gratuita

O Bar Oasis está localizado na Rua Sotero dos Reis 10 – Praça da Bandeira, Rio de Janeiro.

Veja a ordem das bandas:

21h20 –  Leptospnoise
22h –  Expermogramix
22h40 –  Sub-Atitude
23h20 –  M.N.K.
00Hh –  Pacto Social
00h40 –  D.D.C.
01h20 –  Atentado Violento
02h –  Repressão Social
02h40 –  Lacrau
03h20 –  Inércia
04h –  Indigentes
04h40 –  Os Imprestáveis

Punk para sempre!

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Conheça as bandas:

Mundo no Kaos: a luta punk contra o caos social

A cidade de São João de Meriti, localizada na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, é palco de uma das bandas de punk/hardcore mais ativas e engajadas da região: Mundo no Kaos. Com mais de 15 anos de existência, a banda é conhecida por suas letras e shows que retratam a realidade das periferias e a luta contra as injustiças sociais.

Formada em 2006, a banda teve várias formações até chegar à atual, que conta com Luiz na guitarra e voz, Frodo no baixo e Solony na bateria. Desde o início, o Mundo no Kaos se destacou pela sinceridade e comprometimento com as causas sociais em suas músicas.

Com as demos “Primeiros Disacordes” (2006), “País da Decadência” (2006) e “Será esse o fim?” (2007), a banda começou a ganhar visibilidade no cenário punk e hardcore do Rio de Janeiro. Em 2016, o Mundo no Kaos gravou uma nova demo que ainda não foi lançada oficialmente.

Além de suas próprias produções, a banda participou de diversas coletâneas, como “Punk em RJ – Qual violência é pior?” e “Clássicos Punk Vielas do Rio”. Com letras que falam sobre violência policial, corrupção, desigualdade social e outras questões políticas e sociais, o Mundo no Kaos é um verdadeiro manifesto de resistência e revolta contra o caos que afeta a sociedade.

Para a banda, o punk é mais do que um estilo musical, é uma atitude de luta e resistência. “Viva o Punk, Não viva do Punk” é o lema que guia o Mundo no Kaos em sua trajetória. Para eles, a música é uma forma de ativar o pensamento crítico e incentivar a ação contra as injustiças sociais.

Luiz, guitarrista e vocalista da banda, destaca que a realidade do subúrbio e das periferias é o que inspira as letras do Mundo no Kaos. “A gente vive essa realidade todos os dias e a música é uma forma de expressar nossa revolta e indignação”, afirma.

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Repressão Social: a banda de punk/hc que denuncia injustiças sociais desde 1995

Há 28 anos, a cidade do Rio de Janeiro viu surgir a Repressão Social, uma banda de punk/hc que tem como principal objetivo denunciar as injustiças sociais que acometem a população diariamente. Com uma trajetória marcada por letras de cunho político e engajadas, a banda se consolida como uma das referências do gênero no país.

Para a Repressão Social, a consciência de classe é essencial para unir e organizar o povo no enfrentamento aos efeitos do sistema sobre a vida das pessoas. “Nossas músicas têm a intenção de ativar o pensamento, trazer reflexão antes da atitude combativa”, afirma a banda.

Entre as canções que marcaram a trajetória da Repressão Social estão “Classe Operária”, “Realidade do Subúrbio” e “Nosso Futuro”, que denunciam as condições de vida precárias da população. Além disso, a banda também traz temas que firmam a identidade e exaltam o estilo de vida, como em “Somos Libertários” e “Movimento Punk”.

A referência da banda é o movimento punk, que inspirou os integrantes a montar a Repressão Social em 1995, após ouvirem o álbum “Pela Paz em Todo Mundo”, do Cólera, a primeira banda punk nacional que eles tiveram contato. A partir daí, a banda passou a traduzir em suas letras a realidade violenta do subúrbio carioca.

“O nome da banda é tudo que nós passamos; as letras da Repressão Social é tudo que nós passamos e vivemos!”, afirmam os integrantes. Atualmente, a formação da banda conta com Tiago e Vic nos vocais, Luiz na guitarra, Rodrigo no baixo e Solone na bateria.

Com quase três décadas de história, a Repressão Social segue ativa e mantendo a mesma essência que a inspirou a começar: denunciar as injustiças sociais e lutar por um mundo mais justo e igualitário.

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Inércia

A Inércia surgiu em 1997 com o propósito de protestar contra as injustiças sociais, as guerras e a desigualdade, além de lutar pelos direitos humanos e combater o abuso da classe operária e a exploração sexual e de menores, repudiando todas as formas de violação da integridade do ser humano.

Inércia
O som é enérgico e furioso, inspirado em outras bandas que compartilham essas mesmas ideias. A formação atual é composta por Danilo na bateria, Fabiano Camelo no baixo, Paulinho na guitarra e João Loki nos vocais.

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Leptospnoise

Criada em 1996 pelo vocalista Gutemberg F. Loki “Tubarão” em Duque de Caxias, a Leptospnoise sempre teve como base o Hard Core e Grindcore. As letras abordam questões sociais e políticas, buscando provocar reflexão no ouvinte. Durante seu primeiro período, que durou cerca de um ano, a banda realizou shows, incluindo apresentações junto a Gangrena Gasosa e The Endoparasites. Além disso, gravou uma demo tape oficial e uma outra com a gravação de um ensaio.

Em 1997, a banda interrompeu suas atividades, retornando apenas em 2022 por iniciativa de seu fundador, que reuniu novos músicos para compor a nova formação. Recentemente, a banda participou da coletânea Clássicos Punk Vielas do Rio, um projeto que visa resgatar as músicas das antigas bandas punks do Rio de Janeiro, gravadas por músicos de todo o país. Apesar de enfrentar mudanças em sua formação, a Leptospnoise continua a produzir e realizar shows. A atual formação é composta por Gutemberg F. Loki “Tubarão” nos vocais, Alexandre Diniz na guitarra, Deb Noise no baixo e Gonzo na bateria. Para quem quiser conhecer o trabalho da banda, a Leptospnoise possui um canal no YouTube.

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Pacto Social

Fundada em março de 1986, em pleno auge do rock dos anos 80 no Rio de Janeiro, a Pacto Social foi fortemente influenciada pelo punk rock inglês puro de bandas como Sex Pistols, The Clash e The Who, esta última sendo a principal influência. Com 35 anos de história e inúmeros shows realizados em diversas localidades, incluindo exposições, colégios e desfiles de moda, a banda lançou seu primeiro CD intitulado “Pobre Geração” em 1998, que foi acompanhado do lançamento do primeiro videoclipe na MTV, da música “Vaticano”, o qual recebeu elogios de João Gordo em seu programa, o Gordo Pop Show, e foi exibido constantemente em diversos programas da emissora.

Em decorrência disso, em 2000, a Pacto Social realizou sua primeira turnê pela Europa, tornando-se a primeira banda punk do Rio de Janeiro a realizar essa façanha, para divulgar seu primeiro álbum. No mesmo ano, a banda estabeleceu como objetivo o pioneirismo em promover o intercâmbio de bandas entre o Rio de Janeiro e a Europa, trazendo a banda The Varukers da Inglaterra, além do GBH, que nunca havia se apresentado no Rio de Janeiro antes. Posteriormente, as bandas Rasta Knast (Alemanha), Buzzcoks e UK SUBS também se apresentaram no estado carioca. A Pacto Social também realizou shows com Sepultura, Raimundos e Nação Zumbi.

Em 2001, a banda lançou seu segundo CD, intitulado “Cantar/Protestar”, e realizou sua segunda turnê europeia. Em 2004, iniciou-se a gravação do terceiro álbum, “Hasta La Lucha Y Viva Zapata”, que foi lançado posteriormente. Até o momento, os três álbuns lançados pela banda venderam mais de cinco mil cópias. Além das bandas já citadas, a Pacto Social também se apresentou com Ratos de Porão, Dead Fish e Cólera, dentre outras bandas brasileiras.

Em 2018, a Pacto Social lançou o DVD “Pacto Social Ao Vivo no Teatro Odisséia”, que contou com a participação de Ratos de Porão, Wendell (Cólera) e o anúncio de Mr. Catra. O primeiro lote do DVD foi esgotado nas regiões Sul, São Paulo e Minas Gerais. Em 2019, a banda realizou sua terceira turnê pela Europa. Devido à pandemia, o lançamento da biografia da banda foi adiado, e a nova data ainda está em suspensão. Em 2022, a banda realizou apresentações ao vivo, e há planos para uma quarta turnê pela Europa em 2023, a qual também servirá para a captação de imagens para o segundo DVD oficial, além do planejamento da gravação do quarto álbum. Atualmente, a banda é formada por Wladimir Palmeira (vocal e compositor), Luiz Gustavo (baixo e vocal de apoio), Juhnior (guitarra e vocal de apoio) e Rafael Tyrrel (bateria e vocal de apoio).

Apoio: Rock ComCausa.

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