Crianças com direitos

O saber psicológico no Conselho Tutelar

Sabemos que embora não seja exigido que o conselheiro tutelar tenha uma formação de nível superior, é de extrema necessidade que ele esteja familiarizado com assuntos relacionados a criança e adolescente.

Dentre as formações que podem contribuir para o trabalho do conselheiro tutelar, podemos destacar a psicologia como uma formação de extrema importância, pois ela oferece estudos valiosos sobre o desenvolvimento infantil, comportamentais e emocionais que possam afetar a vida das crianças e adolescentes. Um conselheiro que possui formação em psicologia é um grande diferencial, pois trará diversos benefícios ao executar suas funções.

A compreensão dos processos psicológicos permite uma escuta qualificada e uma análise mais aprofundada das situações apresentadas, o que contribui para a identificação de necessidades e a avaliação adequada do contexto emocional dos envolvidos. Além disso, um conselheiro tutelar com formação em Psicologia pode oferecer acolhimento e orientação de forma mais eficaz, utilizando técnicas de comunicação e orientação psicológica.

A escuta qualificada desempenha um papel fundamental no atendimento às pessoas que estão passando por momentos de sofrimento, sejam eles de natureza social ou emocional. Um conselheiro precisa possuir empatia ao lidar com situações delicadas, ao mesmo tempo em que oferece um acolhimento eficaz e orientação adequada para o indivíduo em questão.

Outras formações também relevantes para o trabalho do conselheiro tutelar incluem a Assistência Social, Pedagogia, Direito, entre outras. Essas áreas fornecem conhecimentos importantes sobre os direitos das crianças e dos adolescentes, questões legais e políticas sociais. A multidisciplinaridade e a colaboração entre profissionais de diferentes áreas são fundamentais para uma atuação eficiente e abrangente no Conselho Tutelar.

É essencial ressaltar que, independentemente da formação acadêmica, o conselheiro tutelar deve estar em constante atualização e capacitação, buscando conhecimentos sobre legislação, políticas públicas, psicologia infantil, intervenções socioeducativas e demais temas relacionados ao campo de atuação. Dessa forma, poderá desempenhar seu papel de proteção e promoção dos direitos das crianças e dos adolescentes de maneira mais efetiva.

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Emanoelle Cavalcanti

Acadêmica de psicologia, voluntária na Ong Médicos do Mundo