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Pai de Henry Borel critica decisão da Justiça sobre “Linha Direta”

O pai de Henry Borel, o engenheiro Leniel Borel de Almeida, expressou sua crítica em relação à decisão da Justiça do Rio de Janeiro que proibiu a exibição do caso da morte de seu filho no programa “Linha Direta”, da TV Globo.

A defesa do ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Jairinho e acusado pela morte do menino, obteve uma liminar que impediu a transmissão do programa na noite desta quinta-feira (18), de acordo com a colunista do Globo, Patrícia Kogut.

Leniel Borel contestou, por meio das redes sociais, que o processo não está em sigilo e que a proibição configura uma “censura prévia”.

A juíza juíza Elizabeth Machado Louro, do II Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, q ao acolher o pedido da defesa de Jairinho, argumentou que “o processo ainda aguarda julgamento e a exibição em um canal aberto e com grande alcance não parece atender aos propósitos informativos que podem ser alegados”.

Em outra parte da decisão, a magistrada afirma que “o réu deve ser julgado por um júri leigo e essa exposição pode comprometer a imparcialidade dos jurados”.

Por meio de sua conta no Instagram, Leniel Borel ressaltou que o programa deu espaço aos advogados da defesa, demonstrando, em sua visão, “imparcialidade e comprometimento com a verdade”.

Em sua rede social, Leniel Borel publicou:

CENSURA PRÉVIA

O Programa Linha Direta abriu espaço para todos advogados, demonstrando imparcialidade e comprometimento com a verdade, porém recebemos ontem a noite a infeliz notícia de censura prévia da justiça. Algo inimaginável no Brasil até o momento, principalmente tratando-se de um caso que não corre em segredo de justiça, televisionado em todas audiências e amplamente divulgado pela imprensa em todas as fases do processo.

A entrevista do Linha Direta estava programada para ir ao ar na próxima quinta-feira (18/05), entretanto, em razão de medida cautelar inominada ajuizada pela defesa de Jairo na data de anteontem, a juíza titular da Segunda Vara Criminal do Tribunal do Júri da Capital do Rio de Janeiro acolheu a liminar para impedir que a emissora exiba a matéria relacionada ao caso.

Evidentemente, na tentativa de esconder da opinião pública as robustas provas do crime que chocou o país, a defesa de Jairo busca a todo custo criar subterfúgios com o fim de camuflar a verdade do que ocorreu na madrugada do dia 08 de março de 2021.

Apesar de tudo isso, a sociedade clama por justiça e a Assistência da Acusação não será calada com medidas protelatórias e infundadas que visam acobertar as nefastas crueldades praticadas por Jairo e Monique contra o meu pequeno Henry Borel.

Eu agradeço ao Promotor Dr. Fabio Vieira e meu advogado Dr. Cristiano Medina, que são verdadeiros representantes da justiça para a única vítima neste caso.

Diante da evidente inconstitucional censura prévia, cremos que a Rede Globo de Televisão ajuizará reclamação perante o Supremo Tribunal Federal, para exibição do Linha Direta na data que estava programada.

A verdade não faz curva, e o homicida não conseguirá calar a Assistência da Acusação, o Ministério Público, a Imprensa e todas as pessoas de bem. A verdade nunca será apresentada pelos réus. A verdade os incrimina, os condenada, revela o lado macabro de Monique e Jairo.

Aguardamos que o STF garanta o direito da sociedade de tomar conhecimento das provas do cruel homicídio triplamente qualificado praticado contra Henry Borel e os outros crimes materializados na ação penal.

Jairinho obtém liminar para proibir a exibição de Linha Direta sobre Henry Borel

Relembre o caso:

O caso Henry Borel é uma tragédia que chocou o Brasil e ganhou ampla repercussão na mídia. Henry Borel, um menino de 4 anos de idade, foi encontrado morto em seu apartamento no Rio de Janeiro em março de 2021. As investigações iniciais apontaram indícios de homicídio e revelaram que a criança havia sofrido agressões físicas antes de sua morte.

Os pais de Henry, Monique Medeiros e Dr. Jairinho, um vereador do Rio de Janeiro, foram presos como principais suspeitos do crime. O caso despertou indignação e revolta em todo o país, levando a um intenso debate sobre violência doméstica, proteção infantil e impunidade.

Durante as investigações, surgiram relatos de que Henry teria sido vítima de constantes agressões e maus-tratos por parte de Jairinho, o que deixou a sociedade ainda mais consternada. A gravidade do caso levou a uma série de manifestações em busca de justiça para Henry e de medidas mais efetivas de proteção às crianças.

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Adriano Dias

Jornalista militante e fundador da #ComCausa