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Memória: PM Leidson Acácio

O tenente PM Leidson Acácio Alves Silva estava de serviço na UPP Vila Cruzeiro e foi morto por bandidos da região.

Na noite de 13 de abril de 2014, depois que criminosos dispararam tiros contra o contêiner que serve como base administrativa da UPP Vila Cruzeiro, por volta das 20h40. O tenente PM Leidson Acácio Alves Silva estava junto com uma guarnição que fazia buscas na região pelos responsáveis, por volta das 22h40, na Rua 10, divisa entre as comunidades do Parque Proletário e Vila Cruzeiro, quando aconteceu a troca de tiros durante a qual Leidson foi atingido na testa.

O tenente Leidson Acácio, de 27 anos, chegou a ser encaminhado ao Hospital Getúlio Vargas e não resistiu ao ferimento. Ele estava na corporação há pouco mais de 3 anos e estava na UPP Vila Cruzeiro há cerca de 3 meses.

O policial era casado há 12 anos e havia se formado na Polícia Militar no dia 1º de dezembro de 2013. A viúva, Jaqueline Oliveira, era uma das mais abaladas no sepultamento, que reuniu cerca de 200 pessoas, entre amigos, familiares e autoridades da PM.

Leidson, ele era de Governador Valadares, morava em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e casou-se com Jaqueline no dia 22 de abril de 2013.

Na caminhada da chacina da Baixada, que foi perpetrada por policiais, a ComCausa levou um banner em memória de Leidson. Um ano depois, em 2015, ao contribuir para o programa ‘Caminhos da Reportagem’, intitulado “Guerra sem Herói”, o fundador da ComCausa, o jornalista Adriano Dias, fez referencia ao jovem policial, morador da Baixada, afirmando que “esta guerra não tem lado”.

O programa foi vencedor da categoria ‘Melhor Programa Jornalístico’ do Prêmio TAL de 2016.

A trajetória do policial militar Leidson Acácio Alves Silva, de 27 anos, teve um desfecho trágico na noite de quinta-feira, quando o subcomandante da UPP da Vila Cruzeiro foi baleado na cabeça. No entanto, sua história foi marcada por uma incrível superação. Após se mudar de Minas Gerais para o Rio com sua mãe e três irmãos na infância, Leidson enfrentou um desentendimento familiar que o levou a viver nas ruas. Durante esse período difícil, ele trabalhou como camelô e borracheiro. Com apenas 17 anos e tendo cursado até a terceira série do Ensino Fundamental, Leidson conseguiu se tornar cadete da PM aos 23 anos, graças ao supletivo que concluiu e à experiência como motorista de reboques na Operação Lei Seca, prestando serviços para uma empresa privada.

Durante o enterro de Leidson, realizado no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio, o cadete Machado Gomes, de 25 anos, emocionou-se ao lembrar do colega como um exemplo de superação. “Ele enfrentou as mesmas dificuldades que muitos usam para justificar a entrada de pessoas no crime, mas ele escolheu seguir outro caminho. Leidson era um exemplo de ser humano e superação”, afirmou Gomes.

Na academia da PM, os dois eram colegas, mas Leidson se destacou entre os 168 alunos, sendo escolhido como representante da turma. Ele também era o líder da Sociedade da Academia Tiradentes (SAC), que funcionava como um diretório acadêmico para os alunos da corporação. Além disso, o aspirante a oficial estava envolvido em movimentos estudantis em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, onde morava.

O subcomandante da UPP Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, morreu depois de ser baleado na testa durante patrulhamento na Rua 10, no Parque Proletário. Segundo informações de PMs da guarnição de Leidson, cerca de 20 bandidos realizaram o ataque por volta das 22h30m. Pouco depois, a base da UPP Parque Proletário também foi alvo de disparos.

O aspirante havia chegado à unidade há apenas três meses. Ele foi encaminhado para o Hospital estadual Getúlio Vargas, também na Penha, onde ainda chegou com vida, mas não resistiu ao ferimento.

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