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Reforma na Praça dos Direitos Humanos

A praça localizada na esquina da Via Light, com acesso para prefeitura da cidade de Nova Iguaçu, se consolidou como um ponto de encontro de cultura e cidadania na Baixada Fluminense.

Desde que foi reconhecida como ‘Praça dos Direitos Humanos’ no início da década de 2000, iniciativa promovida pelo Centro de Direitos Humanos da Diocese de Nova Iguaçu, na época coordenado pelo Padre Pierre Toussaint Roy. A sociedade civil da Baixada diversas vezes usou o espaço para promover atividades, desde atos por cidadania, como a ‘Caminhada dos Sem’ (2001) e as ‘Pela Paz’ (2003) – ambas promovidas pela Diocese -, até atividades culturais como o “Baixada na Pista” (2004) e a primeira intervenção de grafite na praça, que foi feita pela ComCausa no projeto “Grafiteira pela Lei Maria da Penha”, em 2007.

No decorrer destes mais de 20 anos a Praça dos Direitos Humanos continuou sendo local de encontro e ponto de referência da concentração das Paradas do Orgulho LGBTQUIA+ e ‘Contra a Intolerância Religiosa’, passando pelos importantes movimentos socioculturais dos cineclubes e o saraus de poesia, como o ‘Sarau V’, e Rodas Culturais como a ‘Roda da Via’, entre tantos outros.

Entretanto o local nunca tinha tido nenhuma reforma relevante desde seu “reconhecimento” como Praça dos Direitos Humanos. Os grafites foram cobertos por pichações e o local seguia mal iluminado. Entretanto, para a grata surpresa da população, finalmente depois de tanto tempo a praça volta a ter o olhar do poder público e local está sendo reformado, com os bancos e chão sendo pintados. Outra surpresa positiva são as imagens que estão sendo grafitadas. Além de imagens como a da poetisa Lírian Tabosa, com uma referência ao grupo Agito Cultural, do Bispo Dom Adriano Hypólito e da Mãe Beata. Temos um grande painel na fachada lateral de um prédio, a figura do Marinheiro João Cândido, o Almirante Negro líder da Revolta da Chibata, morador da Baixada Fluminense.

Parabéns a prefeitura de Nova Iguaçu e esperamos em breve voltarmos a ocupar a praça neste momento tão importante do nosso país, que o local seja um ponto de luz em nossa Baixada Fluminense para a reconstrução de relações para a promoção de uma cultura de paz e de respeito aos direitos humanos.

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Adriano Dias

Jornalista militante e fundador da #ComCausa