Rio de Janeiro

Relançamento da Frente Parlamentar em Defesa das Comunidades Terapêuticas

A  Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) realizou uma sessão solene na última segunda-feira (03/04) para relançar a Frente Parlamentar em Defesa das Comunidades Terapêuticas, a fim de discutir políticas públicas relacionadas ao tratamento e acolhimento de dependentes químicos. A solenidade também celebrou o Dia Estadual das Comunidades Terapêuticas, instituído pela Lei 9.094/2020.

O objetivo da frente parlamentar é defender as instituições sociais sem fins lucrativos chamadas comunidades terapêuticas, que são vistas como instrumentos para restaurar vidas e famílias. Segundo o presidente da Frente, deputado Fred Pacheco (PMN), a reativação dessa frente é essencial para a população do Rio de Janeiro.

De acordo com a auditora fiscal da Vigilância Sanitária, Maria Cláudia Castelo, há 36 comunidades terapêuticas licenciadas atualmente no estado, sendo que nove estão interditadas parcialmente e apenas três se encontram fechadas. A falta de atendimento às normas sanitárias é uma das principais preocupações das autoridades.

O superintendente terapêutico da subsecretaria de Cuidados Especiais da Casa Civil, Douglas Manassés, informou que há cerca de 170 comunidades terapêuticas no estado, e que o Poder Executivo pretende abrir mais de 500 vagas nessas instituições, num investimento de R$ 10 milhões, por meio de convênio com a Secretaria de Assistência Social.

Durante a solenidade, diversas autoridades destacaram a importância das comunidades terapêuticas no tratamento de dependentes químicos e na recuperação de suas vidas e famílias. O ex-deputado e atual vice-presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Márcio Pacheco, ressaltou a necessidade de políticas públicas de prevenção em escolas, além da recuperação daqueles cidadãos que não tiveram a oportunidade de passar pela prevenção.

O presidente da Frente Nacional de Defesa das Comunidades Terapêuticas, deputado federal Eros Biondini (PL-MG), parabenizou a Alerj por ser a primeira Casa legislativa a promover uma solenidade para implementar uma frente parlamentar sobre o tema e destacou que apoiar esses equipamentos favorece o retorno de jovens recuperados às suas casas, famílias e ao mercado de trabalho, além de representar uma economia para o estado.

Certificados de reconhecimento são entregues a comunidades terapêuticas durante a solenidade

O deputado Fred Pacheco, que preside a Frente Parlamentar em Defesa das Comunidades Terapêuticas, homenageou 14 instituições que atuam no acolhimento e tratamento de dependentes químicos.

As comunidades terapêuticas que receberam os certificados foram: Associação Maranathá; Fazendo Esperança; Instituto Revivendo com Cristo; Centro de Amparo e Recuperação dos Moradores de Rua e Dependentes Químicas; Projeto Alcançando Vidas; Desafio Jovem Ebenezer; Comunidade Terapêutica Jesus é o Caminho; Pedacinho do Céu; Instituição Social Manassés; CT Hope Life; Associação Clínica Terapêutica Redenção; CT Por Amor; Instituto Social Marca de Cristo; e CT Mateus.

O que são comunidades terapêuticas 

Comunidades terapêuticas são organizações sem fins lucrativos que oferecem tratamento para pessoas que sofrem com dependência química ou transtornos mentais. Essas organizações são geralmente visam fornecer um ambiente seguro e de apoio para a recuperação dos pacientes.

As comunidades terapêuticas geralmente são estruturadas como um ambiente residencial, onde os pacientes vivem e trabalham juntos, seguindo uma rotina diária estruturada. O tratamento geralmente inclui uma combinação de terapia individual e em grupo, programas de aconselhamento, educação sobre dependência química, habilidades de vida e programas de atividades físicas e recreativas.

O objetivo final das comunidades terapêuticas é ajudar os pacientes a se recuperarem da dependência química e a desenvolver habilidades e recursos para se manterem sóbrios a longo prazo. Essas organizações são uma opção de tratamento para pessoas que não têm acesso a cuidados médicos adequados ou que não responderam a outros tratamentos disponíveis.

Fonte: Alerj

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Débora Barroso

Jornalista comunitária e colaboradora da ComCausa.