Rio de Janeiro

Seminário sobre autismo e iniciativas para melhorar estatísticas no Rio

No mês de abril, que é dedicado à conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), a Comissão de Pessoa com Deficiência da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) organizou um seminário intitulado “Autismo – uma realidade que precisamos conhecer”.

Durante o encontro, o Executivo apresentou iniciativas para melhorar as estatísticas estaduais sobre o tema, viabilizar a produção da Carteira de Identificação da pessoa com TEA no estado e discutiu sugestões de profissionais que trabalham na linha de frente. O evento contou com a participação de representantes da Defensoria Pública, do Tribunal de Justiça (TJ-RJ) e do Ministério Público.

De acordo com o último censo (2022) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem cerca de seis milhões de brasileiros diagnosticados com TEA, o que representa 3% da população do país. O presidente da Comissão, deputado Fred Pacheco (PMN), afirmou que está satisfeito com a reunião e que mais encontros serão marcados no futuro.

Durante o seminário, o subsecretário de Estado de cuidados especiais da Casa Civil, Guilherme Bussinger, explicou que o governo está trabalhando na criação do Centro de Cuidado e Inclusão (CCI), que visa a promover a proteção social e o desenvolvimento das capacidades dos indivíduos com Transtorno do Espectro Autista. Ele também informou que foi produzido um imã de geladeira com um QR-Code para ser distribuído à população, a fim de acelerar o processo de cadastramento das pessoas com deficiência.

Além disso, o subsecretário enviou ao governador Cláudio Castro o pedido para que alguns decretos sejam regulamentados, como a Lei 9.894/21, que propõe a criação do cordão de girassol (uma identificação para as pessoas com deficiências ocultas) e a produção da Carteira da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CIPTEA) do estado, definida pela Lei 8.879/20.

Outro problema enfrentado pelas pessoas diagnosticadas com o espectro autista é a continuidade do tratamento. A psicopedagoga Glauciê Gleyds Nunes de Araujo explicou que, embora o número de diagnósticos precoces esteja aumentando, o acompanhamento não cresce na mesma proporção. A deputada Índia Armelau, que tem um familiar diagnosticado com TEA, participou da reunião.

Comunicação de interesse público | ComCausa

Virtuo Comunicação

Débora Barroso

Jornalista comunitária e colaboradora da ComCausa.