Baixada FluminenseBelford Roxo

Terapeutas realizam oficinas sobre prevenção ao covid-19

Pioneiro no uso das máscaras e no trabalho de conscientização dos adolescentes diante da pandemia, CAI Belford Roxo replica método de referência em outras unidades socioeducativas

Depois de realizar, desde o início de abril, um bem sucedido trabalho de sensibilização sobre a pandemia de covid-19 e seus métodos de prevenção, o Centro de Atendimento Intensivo ao Adolescente de Belford Roxo (CAI Baixada) alcançou 100% dos internos que cumprem medidas socioeducativas na unidade. Hoje, todos os adolescentes só realizam atividades fora de seus alojamentos utilizando suas máscaras e observando os protocolos de distanciamento e higiene que devem ser respeitados. 

As terapeutas ocupacionais do CAI, Doralice Sisnande dos Santos, Danielly Holanda e Ana Maria Caetano de Moraes, integram a equipe de saúde mental da unidade e trabalham com oficinas terapeuticas que visam melhorar a qualidade de vida dos jovens atendidos no local, incluindo atividades dentro dos alojamentos e oficinas de autocuidado, higiene, lavagem de roupa, entre outras. 

Desde abril elas vêm realizando palestras educativas explicando aos adolescentes sobre a pandemia do novo coronavírus, tirando dúvidas e ensinando sobre os métodos de prevenção recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A terapeuta ocupacional Doralice Sisnande contou que as informações passaram a ser replicadas pelos próprios internos:  “Além de seguir à risca as recomendações, passamos a ver os meninos chamando a atenção dos familiares e explicando a eles o que tinham aprendido nas palestras, passando a frente os ensinamentos durante as ligações telefônicas que se tornaram o meio de contato familiar neste momento” relatou a terapeuta. 

Com o êxito da ação de saúde, as terapeutas foram convidadas pela Coordenação de Saúde Integral do Degase para replicar as palestras em outras unidades do Departamento, em conjunto com as terapeutas ocupacionais e diretoria de cada centro socioeducativo. 

Desta forma, no mês de junho, a equipe do CAI ampliou os encontros chegando até o Centro de Socioeducação (Cense) Dom Bosco, Cense Professor Antônio Carlos Gomes da Costa (PACGC), Escola João Luiz Aves (EJLA), Cense Ilha e Cense Gelso Carvalho do Amaral (GCA), alcançando todo o complexo da Ilha do Governador. Doralice explicou ainda qual foi a dinâmica utilizada pelas terapeutas: “Chegamos às unidades com materiais explicativos, relizamos palestras com grupos de adolescentes e uma reunião com a equipe de saúde e com os diretores do local, que ficam responsáveis por dar sequência aos encontros com os jovens até serem alcançados todos os internos de cada uma das unidades”, concluiu a servidora.

Emanoelle Cavalcanti

Acadêmica de psicologia, voluntária na Ong Médicos do Mundo

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