Campanhas

Boris Fausto um dos maiores historiadores do Brasil

No dia 8 de dezembro, nasceu Boris Fausto, historiador e cientista político. Sua principal obra é “A Revolução de 1930” – historiografia e história publicada pela primeira vez em 1970 e considerada ainda hoje um clássico das ciências sociais brasileiras, na qual, apesar de ser paulista, Boris Fausto contesta as versões que defendem São Paulo durante a Revolução de 1930 e na Revolução Constitucionalista de 1932.

Boris nasceu de uma família de migrantes judeus, estudou no colégio Mackensi e terminou os estudos no São Bento, concluiu graduação e mestrado em Direito e História, tenso sua carreira profissional como assessor jurídico da USP e historiador.

Uma de suas obras mais populares é História do Brasil, onde analisa os 500 anos de história brasileira com foco para o ensino médio. Escreveu também Trabalho Urbano e Conflito Social e Crime e Cotidiano.

Aos 91 anos em uma entrevista a Globo, sobre em quem votaria ele afirmou “Quero ajudar a matar a morte” em crítica ao governo Bolsonaro e sua negligencia em atuar contra a Covid-19, que levou a morte de seu irmão, o filósofo Ruy Fausto, fato que o levou a lançar o livro “Vida, morte e outros detalhes”.

Fausto também foi membro da Academia Brasileira de Ciências, já havia criticado o ex-presidente Bolsonaro, sobre o que ele chamava de “negação dos fatos” ao tentar dizer que não houve ditadura no Brasil.

Em 2014, o historiador Boris Fausto lançou o livro “O Brilho do Bronze”, um diário escrito ao longo dos meses seguintes à morte de Cynira Stocco, com quem ele havia sido casado por quase cinco décadas.

Em um trecho, Boris comenta uma entrevista de dom Paulo Evaristo Arns. “A certa altura, ele diz: ?Estou preparado para a morte, mas não tenho pressa?. Da minha parte, pressa também não tenho. Algum dia estarei preparado?”

A morte de Boris Fausto foi lamentada por diversos setores da sociedade brasileira. O presidente da Academia Brasileira de Letras, Marco Lucchesi, afirmou  “Boris Fausto. Li todos os seus livros. Com entusiasmo. Grande perda!”.

No dia 18 de abril, Boris faleceu e seu legado permanecerá vivo na história do Brasil e sua contribuição para o conhecimento do país continuará sendo valorizada e estudada pelos próximos anos.

Portal C3 | Portal C3 Oficial

Comunicação de interesse público | ComCausa

Virtuo Comunicação

João Oscar

João Oscar é jornalista militante de direitos humanos da Baixada e colaborador da ComCausa