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Brasil fortalece compromisso com os Direitos Humanos com iniciativas de combate à tortura

O Brasil possui um histórico de adesão e cumprimento dos tratados e normas internacionais relacionados aos direitos humanos. Para reforçar este compromisso, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) tem desenvolvido uma série de iniciativas voltadas para a prevenção e o combate à tortura, além de penas e tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes em todo o território nacional.

Entre os principais esforços do MDHC, destaca-se a atuação em casos de violações de direitos humanos no sistema prisional. Compreendendo a gravidade dessas situações, o ministério tem se empenhado em propostas que visam a melhoria das condições carcerárias e o respeito aos direitos dos detentos.

Uma das ações de maior visibilidade tem sido a implementação das Caravanas de Direitos Humanos, lideradas pelo ministro Silvio Almeida. As Caravanas foram concebidas com o objetivo de propor soluções práticas, oferecer apoio e compartilhar a responsabilidade dos agentes públicos envolvidos no sistema prisional. Segundo Almeida, a iniciativa é essencial para que a União possa auxiliar os estados na condução de suas políticas regionais de direitos humanos.

O trabalho do MDHC, sob a liderança de Silvio Almeida, reflete o compromisso do Brasil com a promoção e a defesa dos direitos humanos, reafirmando a importância de iniciativas que promovam a dignidade e o respeito em todas as esferas da sociedade. Com essas ações, o país dá um passo significativo na luta contra a tortura e os maus-tratos, consolidando seu papel no cenário internacional como defensor dos direitos humanos.

Caravanas de Direitos Humanos

O projeto Caravanas de Direitos Humanos, iniciado em agosto do ano passado por solicitação do presidente Lula, visa identificar violações e condições precárias em unidades penitenciárias e socioeducativas no Brasil. Liderado pelo ministro Silvio Almeida, o projeto busca propor políticas públicas e criar um plano nacional para aprimorar o sistema prisional.

As ações começaram com reuniões preparatórias envolvendo diversas instituições e organismos internacionais. As unidades prisionais escolhidas para visita seguem critérios definidos por determinações da Corte e Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

A primeira Caravana ocorreu na Unidade de Internação Socioeducativa (Unis) de Cariacica, Espírito Santo, com um convênio para a compra de dez veículos de transporte humanizado. Em outubro, o MDHC visitou Recife, Pernambuco, e conheceu o Complexo Penitenciário do Curado. Em novembro, a terceira Caravana visitou unidades socioeducativas no Ceará, firmando um Acordo de Cooperação Técnica focado na prevenção da violência e apoio a famílias de vítimas de homicídio, além de lançar um projeto contra o racismo no Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo.

O Brasil assinou a Convenção contra a Tortura em 1989 e a integrou ao direito interno em 1991. A Lei do Crime de Tortura foi aprovada em 1997, e em 2007, o Protocolo Facultativo à Convenção foi promulgado. Em 2013, a Lei nº 12.847 instituiu o Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (SNPCT), que inclui o Comitê Nacional (CNPCT) e o Mecanismo Nacional (MNPCT), responsável por inspeções em locais de privação de liberdade.

O SNPCT é coordenado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) e composto por várias instituições, como ONGs e órgãos do poder público. O CNPCT, um órgão colegiado com representantes da sociedade civil e do governo, trabalha na prevenção e combate à tortura.

Casos de tortura podem ser denunciados pelo Disque 100, um serviço gratuito e anônimo que oferece várias plataformas de contato para os denunciantes acompanharem o andamento das denúncias.

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Débora Barroso

Jornalista comunitária e colaboradora da ComCausa.