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Dia Mundial de Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço

A Federação Internacional de Sociedades de Oncologia de Cabeça e Pescoço declarou 27 de julho como o Dia Mundial do Câncer de Cabeça e Pescoço com o objetivo de chamar a atenção sobre cuidados e controle efetivos desse tipo de câncer – o sexto tipo mais comum, globalmente, mas que recebe menos de 2% de financiamento para pesquisa.

Os tumores de cabeça e pescoço são uma denominação genérica do câncer que se localiza em regiões como boca, língua, palato mole e duro, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe, esôfago, tireoide, seios paranasais, fossas nasais e glândulas salivares.

Anualmente, cerca de 700 mil novos casos são diagnosticados no mundo.

Um dos principais problemas para o tratamento é o diagnóstico tardio, que ocorre em 60% dos casos, com impacto negativo na sobrevida do paciente.

Os tumores malignos de cabeça e pescoço correspondem a 3% de todos os tipos de câncer e é o quinto entre os homens, com cerca de 10 mil mortes por ano no país.

O tabaco é responsável por 97% dos diagnósticos de câncer de laringe. O álcool associado ao fumo aumenta em 5 vezes o risco para câncer nessa região. A infecção pelo papilomavírus humano (HPV) também tem contribuído para o aumento na incidência da doença em jovens nos últimos anos, em virtude da falta de uso de preservativos na prática do sexo oral, por exemplo.

“O diagnóstico precoce dos diversos tipos de câncer de cabeça e pescoço, assim como o de qualquer condição clínica, garante um tratamento mais eficaz e reduz, imensamente, os riscos de agravamento. Porém, esse diagnóstico é ainda mais importante nos casos de câncer de cabeça e pescoço, haja vista que ele pode impedir que a pessoa precise passar por cirurgias que podem impactar fala, olfato e visão, impactando na qualidade de vida do paciente de maneira quase sempre irreversível”, alerta Gustavo Sebba, presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego).

Fatores de risco:

– Tabagismo: quem fuma cigarro ou utiliza outros produtos derivados do tabaco, como cigarro de palha, de Bali, de cravo ou kreteks, fumo de rolo, tabaco mascado, charutos, cachimbos e narguilé, entre outros, tem risco muito maior de desenvolver câncer de boca e de faringe do que não fumantes e quanto maior o número de cigarros fumados, maior o risco;
– Consumo de bebidas alcoólicas;
– Exposição ao sol sem proteção representa risco importante para o câncer de lábios;
– Excesso de gordura corporal aumenta o risco de câncer de boca;
– Exposição a óleo de corte, amianto, poeira de madeira, poeira de couro, poeira de cimento, de cereais, têxtil e couro, amianto, formaldeído, sílica, fuligem de carvão, solventes orgânicos e agrotóxicos está associada ao desenvolvimento de câncer de boca. Os trabalhadores da agricultura e criação de animais, indústria têxtil, de couro, metalúrgica, borracha, construção civil, oficina mecânica, fundição, mineração de carvão, assim como profissionais cabeleireiros, carpinteiros, encanadores, instaladores de carpete, moldadores e modeladores de vidro, oleiros, açougueiros, barbeiros, mineiros, canteiros, pintores e mecânicos de automóveis podem apresentar risco aumentado de desenvolvimento da doença;
– Infecção pelo vírus HPV está relacionada a alguns casos de câncer de orofaringe.

Sintomas:

– Lesões na cavidade oral ou nos lábios, que não cicatrizam por mais de 15 dias, que podem apresentar sangramentos e estejam crescendo;
– Manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca ou bochechas;
– Nódulos no pescoço;
– Rouquidão persistente;
– Dor de garganta que não melhorar com o uso de antibiótico;
– Dor ou dificuldade para engolir ou respirar;
– Sangramento ou secreção persistente pelo nariz;
– Dor no ouvido ou dificuldade para ouvir;
– Dores de cabeça e tosse persistente.

Nos casos mais avançados observa-se:

– Dificuldade para mastigar e engolir;
– Dificuldade para falar;
– Sensação de que há algo preso na garganta;
– Dificuldade para movimentar a língua.

Prevenção:

– Não fumar;
– Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
– Manter o peso corporal dento dos limites da normalidade;
– Manter boa higiene bucal;
– Usar preservativo (camisinha) na prática do sexo oral;
– Atentar para qualquer alteração na boca;
– Aproveitar as consultas com o dentista para tirar dúvidas e, principalmente, relatar qualquer sinal ou sintoma diferente.

Fonte: Biblioteca Virtual em Saúde MINISTÉRIO DA SAÚDE

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João Oscar

João Oscar é jornalista militante de direitos humanos da Baixada e colaborador da ComCausa