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Fundação do Jornal do Brasil

O Jornal do Brasil foi fundado em 9 de abril de 1891. Por Rodolfo Dantas, com o objetivo de realizar a defesa da monarquia que havia sido recentemente deposta. Contava com a colaboração de pessoas importantes, como José Veríssimo, o Barão de Rio Branco, e Joaquim Nabuco.

Ele era um jornal inovador devido a sua estrutura empresarial. O Jornal do Brasil possuía parque gráfico, distribuição em carroças e até mesmo a participação de correspondentes estrangeiros, como acontecia com Eça de Queirós.

Já no século XX, no ano de 1900, o Jornal do Brasil passou a expedir exemplares para todo o país, atingindo uma tiragem diária de 60 mil, a maior da América do Sul, superando o La Prensa, de Buenos Aires, Argentina. Com uma linha editorial que ia desde as reivindicações populares, passando pelas colunas especializadas até o jogo do bicho, o Jornal do Brasil tornou-se o principal veículo de imprensa do Brasil, ditando a moda e os costumes do país inteiro, sendo a partir daí conhecido como “Popularíssimo”.

O Jornal do Brasil também se tornou o primeiro do Brasil a inserir ilustrações em suas páginas, a exemplo do que os principais jornais do mundo faziam na época, e também foi pioneiro na publicação de um caderno exclusivo para o esporte, a partir de 1912. Também foi o primeiro a veicular anúncios na capa, em 1906, para adquirir capital e sanar os débitos da modernização. O jornal passou por alterações no quadro societário, que novamente passa a ser uma sociedade anônima.

Sofreu perseguição da ditadura militar depois da promulgação do Ato Institucional Número 5, após se utilizar do quadro da previsão do tempo para driblar a censura então imposta pelos militares ao ex-embaixador José Sette Câmara Filho, preso. A condessa Pereira Carneiro, proprietária do jornal, decidiu suspender a sua circulação até que Câmara fosse libertado, o que ocorreu poucos dias depois. Seu presidente, Nascimento Brito, foi preso e interrogado em 1970, depois de voltar do México, de uma reunião da Sociedade Interamericana de Imprensa, onde havia criticado suavemente a censura.

Publicado no Rio de Janeiro, o Jornal do Brasil foi impresso até setembro de 2010, após isso se tornou apenas digital, fazendo com que suas notícias fossem publicadas somente através de um portal online. Voltou a ter sua versão impressa publicada em 2018. Mas pouco mais de 1 ano do retorno às bancas, em 12 de março de 2019, Omar Resende Peres Filho anunciou o fim da edição impressa.

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João Oscar

João Oscar é jornalista militante de direitos humanos da Baixada e colaborador da ComCausa