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250 escolas municipais no Rio de Janeiro tiveram que fechar devido a operações policiais

No início deste ano letivo, quase 250 escolas municipais no Rio de Janeiro tiveram que fechar devido a tiroteios e operações policiais. Entre 6 de fevereiro e 30 de março, o protocolo de segurança foi acionado aproximadamente 1.300 vezes, mais que o dobro do registrado no mesmo período de 2022. Esse aumento afetou cerca de 80 mil alunos.

A quantidade de escolas impactadas pela violência também aumentou, com 243 escolas fechadas este ano, em comparação com 192 no ano anterior, representando um aumento de 26%. Além disso, o número de vezes que o protocolo foi acionado para fechamento de escolas mais que dobrou, passando de 553 vezes no ano anterior para 1.322 vezes.

A situação é preocupante para os moradores, como a técnica de enfermagem Verônica Brasil, que tem dois filhos em idade escolar e relata a deixá-los tristes por não poderem sair de casa para estudar durante os tiroteios. Kedson Pedro Bastos, líder comunitário na favela de Vila Aliança, na Zona Oeste, destaca que os tiroteios muitas vezes começam durante as aulas, assustando alunos e professores, e o medo de bala perdida é constante.

O protocolo para fechamento das escolas é uma parceria entre a Prefeitura do Rio e a Cruz Vermelha Internacional, e pode ser acionado para atrasar o horário de entrada dos alunos ou para oferecer atividades escolares remotas. O secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, ressalta o impacto negativo dos tiroteios no dia a dia da comunidade escolar.

As áreas mais protegidas por tiroteios foram Chacrinha e Taquaral, na Zona Oeste, e Cidade Alta, na Zona Norte da capital carioca. A situação exige atenção das autoridades para garantir a segurança e o direito à educação das crianças e jovens nas regiões.

Foto Ilustrativa.

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João Oscar

João Oscar é jornalista militante de direitos humanos da Baixada e colaborador da ComCausa