Memória: 50 anos do caso Araceli Crespo
Araceli Crespo foi uma menina de 8 anos que foi sequestrada, estuprada e assassinada em Vitória, no Espírito Santo, no dia 18 de maio de 1973. Seu corpo foi encontrado seis dias depois, desfigurado por ácido e com marcas de tortura. O Caso Araceli é um dos casos mais emblemáticos de violência contra crianças no Brasil.
O caso chocou o país na época e até hoje é lembrado como um símbolo da luta contra a violência infantil. Apesar de terem sido identificados dois suspeitos na época, o processo acabou sendo arquivado por falta de provas, e até hoje ninguém foi condenado pelo crime.
O caso ganhou grande repercussão na imprensa e na sociedade civil, e levou à criação do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantil, celebrado todo dia 18 de maio. O objetivo da data é conscientizar a população sobre a importância de proteger as crianças e adolescentes de abusos e explorações sexuais.
O caso Araceli também inspirou a criação da Lei da Pedofilia, em 1990, que tornou crime o abuso sexual de crianças e adolescentes no Brasil. A lei estabeleceu penas mais severas para os casos de abuso sexual de menores, e definiu como crime a produção, distribuição e venda de material pornográfico infantil.
Apesar dos avanços legais, a violência sexual contra crianças e adolescentes ainda é um problema grave no Brasil. Dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos mostram que foram registrados mais de 17 mil casos de violência sexual contra crianças e adolescentes em 2020.
O caso Araceli, além de simbolizar a luta contra a violência infantil, serve como um lembrete da importância de combater essa forma de violência de forma contínua e sistemática. É fundamental que a sociedade como um todo esteja engajada na proteção das crianças e adolescentes, e que sejam criados mecanismos efetivos para garantir que os casos de abuso e exploração sexual sejam denunciados e punidos.
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