Apib reúne milhares de indígenas em Brasília em busca de garantias de direitos
Na manhã desta segunda-feira (22), o Acampamento Terra Livre, em Brasília, foi palco de reivindicações e mobilizações lideradas por representantes da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). Entre as principais demandas, está a demarcação de terras e o respeito aos direitos dos povos originários.
De acordo com Kleber Karipuna, coordenador executivo da Apib pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), foram agendadas reuniões com o governo federal para discutir as pautas prioritárias dos indígenas. Encontros com os Ministérios do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Social estão previstos.
Na terça-feira (23), está programada uma marcha em direção ao Congresso Nacional, seguida por outra, na quinta-feira (25), rumo ao Planalto. A expectativa é que o presidente Lula (PT) receba os indígenas na sede do governo para dialogar sobre suas demandas.
“Não convidamos o presidente para o acampamento devido aos altos custos com segurança. Preferimos direcionar nossos esforços para um encontro no Planalto, o que pode mobilizar mais ministros para a discussão”, explicou Kleber Karipuna.
O evento, que acontece até sexta-feira (26), reúne aproximadamente seis mil pessoas, representando cerca de 200 povos indígenas de todas as regiões do país. Organizado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e suas sete organizações regionais de base, o Acampamento Terra Livre é considerado o maior evento de mobilização indígena do Brasil.
A mobilização também visa a promover a discussão sobre a cota de candidaturas indígenas nas eleições, com a expectativa de se reunir com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na sexta-feira (26).
Além das marchas, o Acampamento Terra Livre conta com uma série de atividades ao longo da semana. Na segunda-feira (22), houve a entrega da Carta Manifesto do Movimento Indígena. Na terça-feira (23), está prevista a marcha “Nossos Direitos não se negociam” e uma Sessão Solene no Congresso Nacional. Já na quinta-feira (25), ocorrerá a marcha “Nosso marco é ancestral. Sempre estivemos aqui”.
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