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Assassinos de Lucas Terra continuam livres: Mãe clama por justiça após mais de duas décadas de impunidade

Marion Terra, uma mãe incansável na busca por justiça para seu filho Lucas, compartilhou um vídeo comovente, revelando a dor que carrega há mais de duas décadas. O apelo dela é urgente: “Não aguento mais sofrer!”

Os assassinos condenados, Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda, líderes da Igreja Universal, permanecem livres e impunes. Marion clama por apoio, pedindo que todos marquem os órgãos do judiciário brasileiro. A pergunta persiste: existem homens e mulheres de coragem neste país dispostos a prender esses assassinos protegidos?

“O sangue do Lucas está nas mãos da justiça baiana” – Uma frase poderosa que ecoa a indignação e a busca por respostas desta mãe – “É vergonhoso! Vergonha para o Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA)! Até quando permitiremos que a impunidade prevaleça?”

Compartilhe este vídeo para espalhar a voz de Marion e pressionar por justiça. Vamos unir forças e garantir que o caso de Lucas Terra não seja esquecido. Link completo no perfil.

A defesa dos pastores da Igreja Universal, Fernando Aparecido dos Santos e Joel Rodrigues, recorreu da condenação de ambos por estupro e assassinato do jovem Lucas Terra. O julgamento do Agravo Interno foi nesta quinta-feira (21) no Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), buscando a redistribuição dos autos ao Desembargador Mario Alberto Simões Hirs, visando reverter a condenação. No entanto, o TJBA negou o pedido contido no recurso, reforçando a perspectiva de que a justiça seja feita e os acusados cumpram suas penas conforme a lei.

No ano de 2001, um crime brutal chocou a cidade de Salvador, Bahia. Lucas Terra, um adolescente, foi vítima de um assassinato cruel, sendo violentamente atacado e queimado vivo. Após mais de duas décadas de busca por justiça, em abril deste ano, a Juíza de Direito Andréia Sarmento, do 2º Juízo da Segunda Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Salvador, Bahia, emitiu uma decisão fundamental ao classificar o assassinato de Lucas Terra como crime triplamente qualificado.

A sentença determinou que os pastores Joel Miranda e Fernando Aparecido da Silva fossem condenados a cumprir 21 anos de prisão em regime fechado pelos atos hediondos cometidos contra o jovem Lucas Terra. A magistrada levou em consideração a presença de um motivo vil, o uso de métodos cruéis e a completa indefensabilidade da vítima, o que resultou no agravamento das penas dos condenados.

Outro acusado cumpriu 15 anos de prisão

Outro pastor condenado pelo assassinato de Lucas Terra, Silvio Galiza, foi inicialmente condenado a uma pena de 23 anos e 5 meses de prisão. Posteriormente, após recurso, essa pena foi reduzida para 18 anos e, mais tarde, para 15 anos. Portanto, considerando a última redução de pena, Silvio Galiza cumpriu um total de 15 anos de prisão.

Mais de 20 anos de luta por justiça

A determinação da família de Lucas Terra é um exemplo de resiliência na busca pela justiça, mantendo viva a memória de Lucas e ansiando por uma resposta do sistema judiciário que reflita a integridade e resulte na devida punição dos responsáveis por esse ato de extrema crueldade. Marion Terra, mãe de Lucas, persiste incansavelmente na busca por justiça para seu filho. Recentemente, ela usou as redes sociais para apelar e evitar o esquecimento do caso, buscando a rejeição dos recursos dos condenados e almejando a prisão imediata dos acusados, pondo fim a décadas de impunidade.

Caso Lucas Terra: Mãe do jovem diz “não aguentar mais” após matéria da Record

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Adriano Dias

Jornalista militante e fundador da #ComCausa