Ato pede a reabertura da sede da Reserva Biológica do Tinguá
A Reserva Biológica do Tinguá, unidade de conservação ambiental criada em 1989 pela luta popular dos movimentos sociais organizados da Baixada Fluminense, está completando hoje 32 anos de vida neste domingo.
Vários movimentos sociais estão organizando um ato público no dia 23 de maio, – domingo, a partir das 10 horas na praça central do bairro de Tinguá -, pela reabertura da sede da REBIO na região, pois o Instituto Chico Mendes (ICMBio), órgão do Ministério do Meio Ambiente, fechou a sede em Tinguá e sua gestão transferida para Teresópolis, distante 100 km da região.
Segundo os organizadores: “Infelizmente, não temos motivo algum para comemorar. Ela está agonizando e tudo por culpa do governo Bolsonaro, que a trata com descaso e desprezo, abandonando-a por completo”.
Com o fechamento, o resultado foi a ausência dos agentes fiscais do ICMBio atuantes na Reserva do Tinguá, não havendo mais sequer um chefe lotado na unidade, onde também não há mais viaturas, ocasionando uma série de agressões e crimes ambientais que vêm sendo praticados dentro da floresta, a saber: construções ilegais de propriedades privadas dentro da Rebio-Tinguá, denúncias de garimpo ilegal na zona de amortecimento da unidade, represas de captação ameaçadas de poluição, aumento da caça predatória e da extração ilegal de palmito, etc.
A Rebio-Tinguá foi classificada pela UNESCO (órgão das Nações Unidas) como Patrimônio Natural da Humanidade, na categoria de Reserva da Biosfera, Para que ela continue cumprindo sua função social no abastecimento de água e no equilíbrio climático da Baixada Fluminense, exigimos a reabertura imediata da sede da unidade em Tinguá, com o retorno da equipe de agentes fiscais, viaturas, um chefe e toda a infra-estrutura física e material para a plena proteção contra os ataques dos agressores e criminosos ambientais que rondam a região.
Relembrando entrevista com Flávio Silva, ex-chefe da Rebio Tinguá falecido em 2016.