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Caso Henry: Cremerj confirma cassação do registro médico de Jairinho

Por unanimidade, os 42 conselheiros confirmaram a exclusão do registro médico de Jairo Souza Santos Junior dos quadros do conselho. A decisão foi tomada pela Segunda Câmara do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro com base nas provas aprovadas no procedimento administrativo. Os 42 conselheiros concluíram que as ações de Jairo Souza Santos Junior, conhecido como Doutor Jairinho, eram incompatíveis com a ética médica e representavam uma violação dos princípios fundamentais da profissão. A 2ª Câmara considerou inaceitável o fato de Jairo não ter tentado reanimar seu enteado, o menino Henry Borel, de 8 anos, bem como sua conduta de tentar impedir a perícia do corpo da vítima pelo Instituto Médico Legal (IML).

As alegações atrasadas pela defesa de Jairinho foram rejeitadas pelos julgados, em vista das provas que apontaram Jairinho como autor das torturas e do homicídio de Henry Borel. Segundo o Tribunal, Jairo fez esforços para encobrir seus atos, negando socorro imediato à criança, manipulando informações fornecidas às médicas que prestariam atendimento de emergência e evitando que o corpo fosse encaminhado ao IML. Para Cristiano Medina da Rocha, advogado que representa Leniel Borel de Almeida, engenheiro e pai de Henry, e também assistente de acusação no processo, a exclusão de Jairo Souza Santos Junior dos quadros do Conselho Regional de Medicina reforça a postura ética rigorosa e a responsabilidade profissional que deve prevalecer em todas as atividades médicas realizadas no Brasil.

O processo de cassação do registro médico de Jairo Souza Santos Junior teve início em 2021. Em março deste ano, a primeira Câmara do Conselho Regional de Medicina do Rio, composta por 11 conselheiros, já havia votado, por unanimidade, a favor da cassação do registro médico de Jairinho.

O menino Henry Borel, de 4 anos, morreu no dia 8 de março de 2021. Exames de necropsia mostraram que ele tinha 23 lesões no corpo e morreu por ação contundente e laceração hepática. Jairinho e Monique Medeiros negam participação na morte de Henry.

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Adriano Dias

Jornalista militante e fundador da #ComCausa