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Caso Thiago: PMs envolvidos são indiciados por fraude processual

A Corregedoria da Polícia Militar do Rio de Janeiro descobriu evidências que sugerem que os quatro agentes da polícia colocaram uma arma perto do corpo do adolescente Thiago Flausino, de 13 anos, que foi morto durante uma operação na madrugada de 7 de agosto. Os quatro policiais militares responsáveis ​​pela morte de Thiago Menezes Flausino, de 13 anos, durante uma ação policial na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio, na madrugada de 7 de agosto, foram formalmente acusados ​​de alteração de provas.

Após 17 dias de investigação, a Corregedoria da Polícia Militar solicitou a detenção preventiva dos policiais Diego Pereira Leal, Aslan Wagner Ribeiro de Faria, Silvio Gomes dos Santos e Roni Cordeiro de Lima. Todos esses agentes são cabos pertencentes ao Batalhão de Choque, uma unidade de elite da Polícia Militar do Rio.

O inquérito, que já foi encaminhado ao Ministério Público (MP), também revelou que houve negligência no socorro e abuso de poder, com a intenção de ocultar e divulgar informações incompletas para obstruir a investigação. No requerimento de prisão dos policiais, a corregedoria explicou que, caso os acusados ​​permanecessem em liberdade, poderiam eliminar possíveis evidências do crime e testemunhas de testemunhas. O inquérito também concluiu que os policiais optaram deliberadamente por não dizer a verdade em seus depoimentos iniciais na delegacia.

O pesquisador também constatou que os agentes obtiveram um veículo não identificável na operação que culminou na morte do jovem. Essa informação refuta as suspeitas levantadas pela família de Thiago, que já havia denunciado essa irregularidade. Conforme os familiares, policiais fardados em um carro prateado e sem identificação perseguiram Thiago, que estava na garupa de uma moto, e atiraram contra ele.

Além da utilização de um veículo não autorizado na ação, a corregedoria da PM também assinou sinais de tentativa de inserção de uma arma de fogo no local do crime, com o propósito de incriminar o jovem de 16 anos.

Relembre o caso:

Jovem de 13 anos é assassinado em operação na Cidade de Deus

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João Oscar

João Oscar é jornalista militante de direitos humanos da Baixada e colaborador da ComCausa