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Menino de três anos morre após dar entrada na UPA com sinais de maus-tratos

Neste domingo (30), um menino de 3 anos morreu após dar entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Del Castilho, Zona Norte, com sinais de espancamento.

Com ajuda de uma vizinha, a mãe do menino, Pamela, e sua companheira, Lorranny, levaram a criança à UPA, com sinais de maus-tratos e sem consciência. Elas foram presas em flagrante, por lesão corporal seguida de morte, foram levadas para a 21ª DP em Bonsucesso, onde o caso foi registrado.

De acordo com relato da Polícia Militar, agentes do 3º BPM (Méier) foram acionados por uma médica da unidade após observar que o menino apresentava sinais de espancamento. Mesmo após passar por procedimentos médicos, o menino não resistiu e veio a óbito.

Segundo um morador que deu entrevista ai G1, desde que o filho de Pamela chegou ao Alemão, ele passou a aparecer com vários machucados pelo corpo. Ele disse que as mulheres afirmavam não saber o motivo pelo qual Davi Lucca Vianna de Almeida estava machucado. A testemunha afirmou que a criança também apareceu com o braço quebrado, e elas afirmavam que ele havia caído da escada.

“A criança só aparecia machucada, com uma marca roxa aqui, uma marca roxa ali, e eles sempre falavam que não tinha acontecido nada, que ele tinha caído, que ele tinha se machucado brincando. Até que um dia o Davi apareceu com o braço quebrado e uma marca na barriga, e elas falaram que ele se machucou caindo da escada”, contou uma testemunha, ressaltando que depois disso a criança não brincava mais na rua.

Segundo relatos, um homem mencionou que elas ficaram fora de casa por aproximadamente um mês, e no domingo (30), Lorranny apareceu com o menino que estava passando mal.

Após isso, Lorranny e Pamela levaram Davi Lucca para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Del Castilho, na Zona Norte do Rio de Janeiro, com a ajuda de uma vizinha. Ao chegar à UPA, a criança estava em parada cardiorrespiratória e acabou falecendo. Infelizmente, o menino apresentava sinais de lesões pelo corpo que indicavam possíveis espancamentos.

A Polícia Militar do 3º BPM (Méier) foi chamada e as mulheres foram conduzidas à 21ª DP. De acordo com a PM, uma médica da unidade havia alertado os aguardados sobre as expectativas de maus-tratos após o exame do menino.

Lorrany, que era a responsável pelo menino, alegou que o deixou sozinho no quarto e, ao ouvir um estrondo, tentou reanimá-lo com manobras não profissionais, como tapas e sacolejos. No entanto, os investigadores concluíram que Pamela mencionou em seu depoimento ao afirmar que saiu de casa e que o menino estava bem.

A Polícia Civil constatou lesões no corpo da criança que não eram compatíveis com o relato fornecido pelas mulheres e que pareciam ser mais antigas que o ocorrido no domingo. Por conta disso, ambas foram presas.

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Adriano Dias

Jornalista militante e fundador da #ComCausa