Dia da inauguração do Memorial da América Latina
No dia 18 de março de 1989, foi inaugurado em São Paulo o Memorial da América Latina, conjunto arquitetônico projetado por Oscar Niemeyer, e o projeto cultural desenvolvido pelo antropólogo Darcy Ribeiro. È um monumento à integração cultural, política, econômica e social da América Latina
Com 78 mil m² de área construída, o Memorial da América Latina foi concebido para ser um espaço de integração e informação dos países latino-americanos, de suas raízes e culturas, e acolhe, também, a sede do Parlamento Latino-Americano – Parlatino. Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o Memorial abriga um pavilhão de exposições, onde a rica produção artesanal do continente encontra-se permanentemente exposta; uma biblioteca com livros, jornais, revistas, vídeos, filmes e gravações sonoras sobre a história da América Latina; um salão para exposição e um auditório com capacidade para 1.679 pessoas, um dos maiores do Estado.
A ideia era criar uma instituição na cidade de São Paulo devotada ao aperfeiçoamento das relações políticas, sociais, econômicas e culturais latino-americanas, pensando nisso Niemeyer previu o complexo como uma “ilha arquitetônica”, com formas alvas e arrojadas, que servisse também à reabilitação o tecido urbano no entorno.
Por sugestão de Niemeyer, o antropólogo Darcy Ribeiro foi convidado a elaborar o projeto cultural para o memorial, colaborando também na definição dos elementos necessários ao complexo arquitetônico.
Por conta da ditadura militar Darcy teve seus direitos políticos caçados e foi exilado em vários países da América Latina tendo dessa forma grande afinidade com a temática do projeto. Darcy Ribeiro contou com o apoio do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP) na concepção do projeto cultural. Ademais, convidou diversos intelectuais ligados à USP para elaborar o perfil da futura instituição, tais como Antonio Candido, Alfredo Bosi e Carlos Guilherme Mota.