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Dia do Reservista

O Dia do Reservista, marcado em 16 de dezembro, em honra ao nascimento do renomado poeta e fervoroso patriota Olavo Braz Martins dos Guimarães Bilac, é uma ocasião destinada a reavivar o espírito militar entre os licenciados das Forças Armadas.

Essa data emblemática, associada ao aniversário de Olavo Bilac, foi estabelecida como o Dia do Reservista em 1939 pelo então Presidente Getúlio Vargas. Seu propósito é instigar reflexões sobre o papel de cada cidadão brasileiro perante a Nação, promovendo a defesa da Pátria e seus valores fundamentais. O Decreto nº 1.908, promulgado nesse dia, oficializou a celebração do DIA DO RESERVISTA.

A consagração de Olavo Bilac como o Patrono do Serviço Militar ocorreu por meio do Decreto nº 58.222, em 19 de abril de 1966. Essa homenagem reconheceu sua dedicação à Pátria e sua contribuição para o fortalecimento da consciência cívica no Brasil.

“Ama com Fé e Orgulho a terra em que nasceste”

Nascido em 1865, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), Bilac era filho de Braz Martins dos Guimarães Bilac e Delfina Belmira dos Guimarães Bilac. Seu pai foi major do 3° Batalhão de Voluntários da Pátria durante a Guerra da Tríplice Aliança.

Embora tenha iniciado estudos em Direito e Medicina, Bilac direcionou sua vocação para as letras, tornando-se um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. Ele foi um defensor da abolição da escravatura e participou ativamente da campanha pela alfabetização. Bilac é reconhecido como autor do “Hino à Bandeira Nacional”, da grandiosa “Oração à Bandeira” e do soneto “A Pátria”.

Ninguém personificou tão brilhantemente a poesia e o compromisso com a defesa da Pátria. Em 1915, Bilac liderou campanhas por todo o país em apoio ao serviço militar obrigatório, convocando os jovens a defender a Nação diante das potências mundiais. Ele idealizava um Exército nacional integrado por todas as classes sociais, vendo-o como um instrumento de união e integração cultural. Bilac sentiu-se realizado com o primeiro sorteio dos alistados, em 10 de dezembro de 1916. Sua morte, em dezembro de 1918, no Rio de Janeiro, foi motivo de consternação nacional.

“O Serviço Militar é o triunfo completo da democracia; o nivelamento das classes; a escola da ordem, da disciplina, da coesão; o laboratório da dignidade própria e do patriotismo.”

Comemorar o Dia do Reservista não apenas expressa a nacionalidade, mas também convida à reflexão e introspecção. É um momento para recordar a juventude, os amigos, os ideais, o orgulho e a honra de servir às Forças Armadas. Mais do que uma obrigação, essa data nos permite reafirmar, com convicção, o direito de vestir uma farda e servir bem ao Brasil.

Quando ouvimos hoje o Hino à Bandeira, a melodia emocionante e a letra entusiástica de Olavo Bilac se destacam como um guia de civismo para a juventude brasileira. Anualmente, de 9 a 16 de dezembro, por convocação do Comandante do Exército, é realizado o Exercício de Apresentação da Reserva (EXAR) em todas as unidades do Exército. Esse evento reúne os reservistas que deixaram o serviço ativo nos últimos cinco anos, proporcionando um reencontro na caserna e fortalecendo os laços com a Força Terrestre.

O EXAR não só celebra o aniversário de Olavo Bilac, mas também reafirma a convocação, avalia a prontidão, atualiza informações, cultiva o espírito cívico e consolida a camaradagem entre os militares da ativa e da reserva.

Ao longo dos anos, o Serviço Militar Obrigatório contribui diretamente para o progresso do país, engajando a juventude brasileira, independentemente de classe social, cor ou crença religiosa. Assim, o Exército se mantém presente em todos os setores da vida nacional, instruindo a juventude sobre civismo e patriotismo, valores inestimáveis e indispensáveis à nossa sociedade.

Atualmente, o Serviço Militar, obrigatório para os homens, testemunha um aumento no voluntariado feminino, demonstrando diariamente, em várias organizações militares e em todo o território nacional, o compromisso das mulheres na preservação dos ideais valorosos do nosso patrono.

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João Oscar

João Oscar é jornalista militante de direitos humanos da Baixada e colaborador da ComCausa