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Jovem pode morrer devido a negativa da Unimed por aparelho

Há vários meses, a família de Isabelle Oliveira Rosa luta por acesso a equipamentos vitais enquanto UNIMED e Justiça deixam a jovem em agonia. Belinha é portadora da síndrome de Rett, uma condição genética rara que causa a deterioração progressiva das funções neurológicas e motoras.

A história da jovem Isabelle Oliveira Rosa, carinhosamente conhecida como Belinha, de 18 anos, residente em Mesquita, tem chamado a atenção da comunidade e levantado questões importantes sobre o acesso aos cuidados de saúde essenciais no Brasil. Sua mãe, a Sra. Cida, tem travado uma batalha incansável nos últimos meses para garantir que sua filha receba os cuidados médicos necessários para sobreviver. No entanto, a família enfrenta obstáculos significativos na forma de seu plano de saúde, a UNIMED, e o sistema judicial.

Belinha depende de equipamentos vitais, como um respirador trilogy, para enfrentar as frequentes crises convulsivas e paradas respiratórias resultantes de sua condição. Infelizmente, a UNIMED não está fornecendo os serviços necessários colocando em risco a vida de Belinha. Além destes, a paciente está sem o apoio de uma enfermeira em 24 horas.

Impasse na Justiça

A luta da família de Belinha chegou ao Fórum de Mesquita, onde foi solicitada uma liminar para que a UNIMED fornecesse os equipamentos essenciais. No entanto, mesmo após vários meses, a juíza responsável pela comarca não emitiu qualquer resposta ou decisão, deixando a família em um estado de angústia e incerteza.

Frente a essa situação crítica, a Sra. Cida procurou a OSC ComCausa em busca de apoio. Desde então, a instituição está acompanhando o caso de perto e buscando apoio sobre a questão. No entanto, até o momento, o avanço do processo ainda está pendente da decisão da Justiça, e os ofícios enviados pela ComCausa a vários órgãos na última semana não receberam qualquer resposta.

Agravamento da saúde

Recentemente, a saúde de Belinha se agravou novamente, resultando em várias paradas cardiorrespiratórias durante a madrugada de 6 de setembro. Isso levou a Sra. Cida a buscar a támbem a ouvidoria do Ministério de Direitos Humanos, utilizando o número disque 100, na esperança de obter ajuda e atenção imediatas para o caso de sua filha.

Contato da UNIMED

Após a mobilização empreendida pelos familiares de Belinha, representantes da UNIMED entraram em contato com a Sra. Cida na última sexta-feira, 8 de setembro, para obter informações sobre o estado de saúde de Belinha. A mãe, sentindo-se indignada com a situação, interpelou a empresa sobre a ausência de respostas em relação aos equipamentos essenciais e à falta de suporte de enfermagem 24 horas.

A mãe de Belinha expressou seu descontentamento, declarando: “Tenho a impressão de que desejam a morte da minha filha, como se assim ela deixasse de representar um prejuízo para a empresa. Pago regularmente e há meses não obtive qualquer resposta.”

De acordo com Dona Cida, a UNIMED justificou sua falta de ação, alegando não ter recebido laudos médicos suficientes para fornecer os equipamentos necessários.

“Não aguentamos mais esperar, não é possível que uma situação tão extrema, tão urgente não tenha uma resposta rápida. A minha filha só está piorando em seu sofrimento. Estão esperando que minha filha morra para dar alguma resposta?”, desabafou Cida.

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Adriano Dias

Jornalista militante e fundador da #ComCausa