MetrôRio terá passagens mais caras a partir do dia 12 de abril
O MetrôRio anunciou um aumento na tarifa que entrará em vigor a partir de 12 de abril, elevando o custo de uma passagem de R$ 6,90 para R$ 7,50. A decisão foi aprovada pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários, Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio (Agetransp).
De acordo com a concessionária, o reajuste segue o contrato de concessão, que prevê a atualização da tarifa com base na variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Esse índice registrou um aumento de 4,5% entre janeiro de 2023 e janeiro de 2024.
Além do ajuste pela inflação, o aumento também inclui um acréscimo de R$ 0,30 devido ao término do subsídio oferecido pelo governo estadual entre 2022 e 2024, em resposta aos impactos da pandemia, que reduziram drasticamente o número de passageiros e ameaçaram o funcionamento do sistema.
Com o fim do subsídio, a tarifa passa a cobrir integralmente os custos de operação, manutenção e segurança. O MetrôRio opera em três linhas, abrangendo 51 estações, além do serviço de metrô na superfície, que consiste em um sistema integrado de ônibus.
MetrôRio tem uma das tarifas mais caras do país
O Rio de Janeiro mantém uma das tarifas de metrô mais elevadas do Brasil desde 2023, quando o preço do bilhete atingiu R$ 6,50. Apesar do aumento, os passageiros relatam que a qualidade do serviço não corresponde ao custo.
No ano passado, o Rio superou outras capitais em termos de tarifa, ficando R$ 1 mais cara do que Brasília, que cobrava R$ 5,50. Em Belo Horizonte e Porto Alegre, a tarifa era de R$ 4,50, enquanto em São Paulo, o bilhete custava R$ 4,40.
Em comparação com sistemas de transporte em outras partes do mundo, o custo do metrô no Rio permanece alto. Isso porque a tarifa representa mais de 20% do salário mínimo brasileiro, considerando um passageiro regular que utiliza o serviço para ida e volta em pelo menos 20 dias úteis, resultando em um gasto mensal de pelo menos R$ 260.
O Metrô Rio destacou que seu sistema é único no país e um dos poucos no mundo inteiramente custeado pelos passageiros, enquanto na maioria dos sistemas metroviários, parte da operação é subsidiada pelo governo. A concessionária também ressaltou que a tarifa atual cobre todos os custos operacionais, de manutenção e de segurança, conforme estabelecido no contrato de concessão, assegurando a prestação de um serviço de alta qualidade.