Monique e Jairinho falarão pela primeira vez sobre crime no Fórum
Será retomado as audiências de instrução e julgamento do caso de Henry Borel com depoimentos dos acusados Monique Medeiros e o ex-vereador Jairo Souza Santos, conhecido como Dr. Jairinho. Será nesta quarta-feira (9/2), no 2° Tribunal do Júri do Rio de Janeiro.
As audiências de instrução e julgamento são sessões preliminares em que são ouvidas testemunhas, advogados e réus para que o juiz possa ser convencido se houve crime e qual a natureza desse crime. Nesta nova etapa, Monique e Jairinho falarão pela primeira vez a morte da criança diante da Justiça.
Parte desse rito aconteceu no dia 6 de outubro, quando foram ouvidas testemunhas de acusação; e nos dias 14 e 15 de novembro, quando algumas testemunhas de acusação e outras de defesa foram convocadas pelas duas defesas para prestarem depoimentos. Agora, por fim, os réus nesta quarta-feira.
Acusados de homicídio triplamente qualificado e tortura de Henry Borel, filho de Monique. Nesta primeira fase do julgamento, a juíza do caso decidirá se o casal vai a júri popular, analisando se há prova da materialidade e indícios suficientes da autoria de crime contra a vida.
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Movimentos mobilizam para novo audiência
Familiares e amigos de vítimas das violências – entre eles a ComCausa -, estão se mobilizando para se concentrarem em frente ao 2° Tribunal do Júri do Rio de Janeiro.
Henry começou a dar indícios de que não queria voltar ao convívio de Monique e Jairinho
O pai de Henry, Leniel Borel, contou que dias antes de morrer, Henry começou a dar indícios de que não queria voltar ao convívio de Monique e Jairinho após passar tempo com ele. Durante o depoimento de Leniel, ele e Monique choraram intensamente após o engenheiro relembrar um vídeo que gravou com o filho dois dias antes do crime. Na gravação, Henry cantava uma música católica.
Assassinato de Henry Borel
No dia 8 de março, Henry morreu no Hospital Barra D’Or, na Barra da Tijuca. Ele foi levado para por Jairinho e a mãe do menino, Monique Medeiros, que alegavam tê-lo encontrado desmaiado no quarto onde dormia. De acordo com as investigações, a criança morreu por conta de agressões do padrasto e pela omissão da mãe. Um laudo aponta 23 lesões por ‘ação violenta’ no dia da morte do menino. Acusados do crime, Monique e Jairinho estão presos desde 8 de abril de 2021 acusados pela morte do menino Henry Borel.
O Ministério Público denunciou Monique Medeiros por homicídio triplamente qualificado na forma omissiva imprópria, com aumento de pena por se tratar de menor de 14 anos; tortura omissiva; falsidade ideológica e coação de testemunha. Já Jairinho foi denunciado por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, tortura e impossibilidade de defesa da vítima), com aumento de pena por se tratar de menor de 14 anos; tortura e coação de testemunha.
