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Memória: Morte Eça de Queirós

José Maria de Eça de Queirós, vulgarmente conhecido por Eça de Queirós, foi um romancista e diplomata português, nascido a 25 de novembro de 1845, na Póvoa de Varzim, Portugal, e faleceu a 16 de agosto de 1900, em Paris, França. É considerado uma das figuras mais proeminentes da literatura portuguesa e um dos principais representantes do realismo do século XIX.

Eça de Queirós nasceu no seio de uma família abastada e licenciou-se em Direito pela Universidade de Coimbra. Seguiu uma carreira na diplomacia, que o levou a vários países, incluindo Inglaterra, França e Egito. Suas experiências diplomáticas desempenharam um papel significativo na formação de sua visão de mundo e influenciaram suas obras literárias.

Eça de Queirós é mais conhecido por seus romances que criticavam a sociedade portuguesa, suas instituições e sua cultura. Algumas de suas obras mais conhecidas incluem:

  1. “O Crime do Padre Amaro” (“O Crime do Padre Amaro”) – Publicado em 1875, este romance é uma crítica satírica à hipocrisia e corrupção dentro da Igreja Católica e da sociedade portuguesa.
  2. “Os Maias” (“Os Maias”) – Publicado em 1888, este romance é muitas vezes considerado a obra-prima de Eça. Retrata o declínio de uma família portuguesa ao longo de três gerações, explorando temas de decadência, constrangimentos sociais e o impacto da modernidade.
  3. “A Relíquia” (“A Relíquia”) – Publicado em 1887, este romance segue a viagem de um jovem português que viaja até Roma em busca de uma relíquia religiosa. É uma exploração satírica do fervor religioso e do materialismo.
  4. “A Ilustre Casa de Ramires” (“A Ilustre Casa de Ramires”) – Publicado em 1900 após a morte de Eça, este romance investiga a identidade histórica e cultural de Portugal através da história de um jovem aristocrata que tenta restaurar a honra de sua família nome.

O estilo de escrita de Eça de Queirós é marcado por seu humor agudo, ironia e observação aguçada do comportamento humano. Foi pioneiro na introdução de elementos naturalistas e realistas na literatura portuguesa, desafiando as normas convencionais e abordando questões sociais do seu tempo.

As suas obras continuam a ser amplamente lidas e estudadas, tanto em Portugal como internacionalmente, pelo seu valor literário e pelas suas críticas criteriosas à sociedade. O legado de Eça continua forte, sendo frequentemente considerado um dos mais importantes autores portugueses do século XIX.

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João Oscar

João Oscar é jornalista militante de direitos humanos da Baixada e colaborador da ComCausa