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Nascimento de Aldir Blanc

Nascido no Rio de Janeiro em 2 de setembro de 1946, Aldir Blanc, iniciou sua jornada no curso de medicina aos 20 anos e especializou-se em psiquiatria. Entretanto, em 1973, abandonou a profissão para se dedicar integralmente à música. Antes desse momento crucial, já havia conquistado reconhecimento com a canção “Amigo é pra essas coisas”, uma colaboração com Silvio da Silva Jr. que alcançou o segundo lugar no Festival Universitário de 1970. Isso levou Blanc a se unir a nomes como Ivan Lins e Gonzaguinha na fundação do Movimento Artístico Universitário.

No ano seguinte, sua composição “Ela”, coescrita com César Costa Filho, foi gravada por Elis Regina. Em 1972, Elis Regina escolheu uma música escrita por Blanc e João Bosco para seu álbum, marcando o início da trajetória de sucesso do trio com a música “Bala com Bala”.

Aldir Blanc é autor de mais de 600 canções e é considerado um dos compositores fundamentais para a consolidação da Música Popular Brasileira (MPB) no Brasil e no mundo. Entre suas obras-primas estão “O Mestre-sala dos Mares”, “Dois pra Lá, Dois pra Cá”, “De Frente pro Crime”, “Kid Cavaquinho”, “Incompatibilidade de Gênios”, “O Ronco da Cuíca”, “Transversal do Tempo”, “Corsário”, “O Bêbado e a Equilibrista”, “Catavento e Girassol”, “Coração do Agreste” e “Resposta ao Tempo”. Ele colaborou com mais de 50 outros autores, incluindo João Bosco, Guinga, Moacyr Luz, Cristovão Bastos, Maurício Tapajós e Carlos Lyra.

As primeiras incursões de sucesso de Blanc na música ocorreram alguns anos antes. Em 1968, ele coescreveu a música “A noite, a maré e o amor” com Sílvio da Silva Júnior, que foi apresentada no III Festival Internacional da Canção.

Em 1969, suas composições incluíram “De esquina em esquina” (com César Costa Filho), interpretada por Clara Nunes; “Nada sei de eterno” (com Sílvio da Silva Júnior), defendida por Taiguara; e “Mirante” (com César Costa Filho), interpretada por Maria Creuza, durante o II Festival Universitário da Música Popular Brasileira.

Em 1970, no “V Festival Internacional da Canção”, ele se destacou com a composição “Diva” (com César Costa Filho). No mesmo ano, a canção “Amigo é pra essas coisas”, escrita em parceria com Sílvio da Silva Júnior e interpretada pelo grupo MPB-4, fez grande sucesso durante o III Festival Universitário de Música Popular Brasileira.

Além de suas realizações musicais, Aldir Blanc também publicou em 2006 o livro “Rua dos Artistas e transversais”, que reúne seus livros de crônicas “Rua dos Artistas e arredores” (1978) e “Porta de tinturaria” (1981). O livro ainda inclui outras 14 crônicas que ele escreveu para a revista “Bundas” e o “Jornal do Brasil”.

Aldir Blanc Mendes, faleceu no dia 4 de maio de 2020 no Rio de Janeiro, aos 73 anos, o compositor e escritor brasileiro, não resistiu as complicações causadas pela covid-19, depois de ficar mais de duas semanas na UTI do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe).

Por sua contribuição na cultura brasileira, o cantor e compositor foi homenageado no Congresso Nacional dando nome a lei de apoio a cultura, “Lei Aldir Blanc”.

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Adriano Dias

Jornalista militante e fundador da #ComCausa