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Nascimento de Lima Barreto a negra voz da literatura

Afonso Henriques de Lima Barreto, mais conhecido como Lima Barreto, filho de Joaquim Henriques de Lima Barreto, um tipógrafo, e Amália Augusta, uma professora primária. Ambos mestiços e pobres, a família enfrenta desafios desde cedo com a morte precoce da mãe e a doença mental do pai.

Lima Barreto, apadrinhado pelo Visconde de Ouro Preto, estudou no renomado Colégio Pedro II. Posteriormente, ingressou na Escola Politécnica do Rio de Janeiro para estudar Engenharia. No entanto, teve que abandonar o curso para sustentar seus irmãos após a doença mental do pai.

Em 1909, Lima Barreto inicia sua carreira literária com a publicação do romance “Recordações do Escrivão Isaías Caminha”. Sua obra mais famosa, “Triste Fim de Policarpo Quaresma”, foi publicada em 1915. Suas obras são conhecidas por sua crítica à sociedade carioca e à mentalidade burguesa da época.

Além de escritor, Lima Barreto também trabalhou como jornalista. Ele escreveu uma série de reportagens para o Correio da Manhã em 1905 e fundou a revista “Floreal” em 1907.

Lima Barreto faleceu em 01 de novembro de 1922. Sua obra continua sendo uma referência importante na literatura brasileira, especialmente por sua perspectiva crítica e realista da sociedade brasileira no início do século XX.

A obra de Lima Barreto tem uma importância significativa na literatura brasileira. Ele é conhecido por suas representações realistas e críticas da sociedade brasileira no início do século XX. Sua escrita é profundamente influenciada pelas questões políticas e sociais da República Velha (1889-1930), a herança de mais de três séculos de escravidão, e o elitismo do universo literário brasileiro.

Lima Barreto foi um dos poucos escritores de sua época a combater o preconceito racial e a discriminação social contra negros e mulatos. Ele usou sua escrita para destacar as diferenças sociais e a questão do preconceito racial.

Além disso, a obra de Lima Barreto traça um perfil diversificado e complexo do povo brasileiro, mostrando sua identidade cultural e seus problemas sociais. Ele analisou os ambientes e os costumes do Rio de Janeiro e fez uma crítica à mentalidade burguesa da época.

Portanto, a importância de Lima Barreto extrapola os limites literários. Ele usou sua escrita como uma ferramenta para desafiar as normas sociais e raciais de sua época, tornando-se uma voz importante na literatura brasileira.

As principais obras de Lima Barreto são:

  1. Recordações do escrivão Isaías Caminha (1909)
  2. Triste fim de Policarpo Quaresma (1911)
  3. Numa e ninfa (1915)
  4. Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá (1919)
  5. Os bruzundangas (1923)
  6. Clara dos Anjos (1948)
  7. Diário Íntimo (1953)

Estas obras são conhecidas por suas representações realistas e críticas da sociedade brasileira no início do século XX. A escrita de Lima Barreto é profundamente influenciada pelas questões políticas e sociais da República Velha, a herança de mais de três séculos de escravidão, e o elitismo do universo literário brasileiro. Ele foi um dos poucos escritores de sua época a combater o preconceito racial e a discriminação social contra negros.

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João Oscar

João Oscar é jornalista militante de direitos humanos da Baixada e colaborador da ComCausa